Consulta em ensinarhistoria.com.br - Queda de Granada e fim do domínio muçulmano na Espanha
31 de dezembro de 2024, terça-feira Atualizado em 17/02/2025 03:37:23
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Em 2 de janeiro de 1492, Boabdil (corruptela castelhana de Abu Abdilá), último rei de Granada entregou as chaves de Alhambra – um fabuloso complexo palaciano e fortaleza no coração de Granada – para os reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela. O gesto significou a capitulação oficial de Granada, o ultimo reino muçulmano da Espanha. Boabdil deixou Granada e os seus palácios intactos nas mãos dos castelhanos, mediante um tratado de capitulação que garantia os direitos dos habitantes: estes podiam conservar a sua religião, as suas autoridades jurídico-religiosas, os seus bens e até as suas armas (exceto as de fogo). A filha de Boabdil, Aixa, foi capturada pelos castelhanos e foi batizada como Isabel. O rei Fernando comemorou a conquista de Granada tomando-a como amante e teve com ela um filho, Miguel Fernández, cavaleiro de Granada (1495-1575). Mais tarde, ela seria rejeitada pelo rei e tornou-se freira com o nome de irmã Isabel de Granada. Era o fim da presença muçulmana na Espanha, ativa por sete a oito séculos. Iniciado em 711 quando tropas islâmicas vindas do Norte da África, penetraram na península Ibérica, o domínio muçulmano acabou com a rendição de Granada em 1492, embora tenha permanecido, na Espanha, uma população mourisca que, por volta de 1600, constituía 20% da população de Aragão e 33% da de Valência. Com a rendição de Granada terminava, também, a Reconquista, a cruzada lançada pelo papa Inocêncio III que, em 1212, convocara os cristãos ocidentais para lutarem contra os invasores muçulmanos. Pela vitória alcançada em 1492, o papa Alexandre VI deu aos monarcas Fernando de Aragão e Isabel de Castela o título de “reis católicos”. Resolvida a questão muçulmana, a rainha Isabel de Castela pode dar atenção aos planos de viagem apresentados pelo navegante genovês Cristóvão Colombo. Em 17 de abril de 1492, os reis espanhóis autorizavam a expedição de Cristóvão Colombo às Índias pelo mar navegando em direção oeste. Em 12 de outubro daquele ano, ele chegou às terras que posteriormente foram chamadas de América.
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Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!