As mais lidas: o novo exército do PCC: jovens que querem, mas não podem trabalhar com carteira assinada. Fonte: revistaoeste.com
2 de janeiro de 2025, quinta-feira Atualizado em 18/02/2025 06:06:10
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´Essa história de que o adolescente de 14 anos deveria apenas estudar atrapalha muito mais do que ajuda´, afirma Luiz Cezar Fernandes
Neste início de ano, Oeste traz novamente aos leitores reportagens que fizeram sucesso ao longo de 2024. Abaixo, o artigo de Luiz Cezar Fernandes, fundador do Disque Denúncia do Rio e fundador do Banco Garantia e do Banco Pactual, publicado originalmente em 14 de julho, que aborda a dificuldade de trabalho para os menores de idade.
O Primeiro Comando da Capital (PCC), o Comando Vermelho (CV) e as milícias agradecem pela lei que proíbe os jovens menores de 16 anos de trabalharem com carteira assinada. É tudo que eles querem e precisam desses jovens para seus negócios.
Por não poderem trabalhar com carteira assinada e ajudados pelo Bolsa Família, eles estão sendo treinados para trabalhar para o tráfico e para as milícias, que até preferem que esses garotos “nem-nem” (nem estudam nem trabalham) passem pela Fundação Casa para “aprender” a fazer coisa errada de forma mais profissional.
Em comunidades não é incomum encontrar mãe no Bolsa Família e garotos com cordões e pulseiras de ouro, uma bela moto e até um carrão. Um “nem-nem” para o IBGE. Um “avião” para o tráfico. Mão de obra barata, sem sindicato, sem fiscalização.
O que precisamos é que esses jovens possam trabalhar com carteira assinada desde os 14 anos. Na década de 1950, isso era possível. Trabalhar era a forma de receber a formação e o treinamento de que um jovem precisava. Não existiam escolas técnicas, ou, as poucas que tinham, estavam longe das residências dos jovens, e eles não tinham dinheiro para comprar a passagem de ônibus para ir até lá.
+ Quase 10 milhões de jovens não estudam nem trabalham
Foi o meu caso. Eu morava na Avenida Santo Amaro e a única escola técnica existente era a da Fundação Antarctica, perto do Museu do Ipiranga, do outro lado da cidade. E só tinha engenharia, que estava longe de ser o meu forte. Fui então trabalhar.
A formação nessa faixa etária de 14 a 18 anos é muito sólida, e o que se aprende nessa idade não se esquece nunca mais. No meu caso, tudo que sei vem dessa época em que trabalhei como bancário no Bradesco e no Banco Industrial de Campina Grande (incorporado pelo Banco Mercantil do Brasil).
Nunca esqueci os aprendizados que tive nessa época. Pelo contrário, trouxe-os comigo para a vida e eles me levaram a fundar dois bancos de investimento, o Garantia e o Pactual (atualmente BTG Pactual).
+ 36% dos jovens brasileiros não estudam nem trabalham
Na minha visão, essa história de que o adolescente de 14 anos deveria apenas estudar atrapalha muito mais do que ajuda. Se um jovem dessa idade é proibido de trabalhar, ele não vai ficar em casa. Vai para a rua e terá o mesmo treinamento que eu tive, só que do lado errado. E, aos 16 anos, já será um profissional da bandidagem.
Não é isso que queremos nem do que precisamos. Esses jovens têm de estar dentro das empresas aprendendo a trabalhar e não a matar.
Em tempo: eu jamais poderia ser jovem aprendiz, pois larguei a escola no 6º ano do ensino fundamental e trabalhava de nove a 16 horas por dia.
* Luiz Cezar Fernandes, fundador do Disque Denúncia do Rio e fundador do Banco Garantia e do Banco Pactual
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