Bartholomeu de QuadrosNascimento: ~ 1610Origem: São Paulo, SPNasceu por volta de 1610, em São Paulo, SP.Foi o segundo dentre os seis filhos do espanhol Bernardo de Quadros e da portuguesa Cecília Ribeiro. Bartholomeu foi sertanista e participou de diversas entradas para o sertão.Em 1631 e 1632, tomou parte na destruição de Vila Rica do Espírito Santo, no Guairá.Dis Bernardo de Quadros, morador na villa de Sancta Anna da Parnahiba, filho legitimo de BARTHOLOMEU DE QUADROS e de sua mulher IZABEL BICUDA, cujos pais, avos dele supte forão Bernardo de Quadros, natural da Cidade de Sevilha e Cecilia Ribeira, natural da Cidade do Porto, e por parte de de sua may, Manuel Pires e Maria Bicuda, naturais da villa de São Paulo, et porque ora elle supte pretende tomar ordens sacras.Transcrição do Processo de Habilitação do filho Bernardo (onde consta os nomes de seus avós) Casou-se em 1635, em São Paulo, SP, com Isabel Bicudo de Mendonça, filha do Capitão Manoel Pires e de Maria Bicudo (Carneiro). Em 10 de Março de 1640, juntamente com outros quatro cidadãos da vila de São Paulo, alegando serem filhos e netos de povoadores e conquistadores e moradores que ajudaram a defender a terra, todos casados e com filhos, Bartholomeu e os outros pediram 20 braças de "chão" cada um, a partir das terras de Lucas Fernandes Preto, no caminho que vai para os Pinheiros. Bartholomeu faleceu em 1649, em São Paulo, SP.Foi pai de quatro filhos e cinco filhas:1.1. Antonio de Quadros, casado com Sebastiana Diniz, filha de Christóvão Diniz e de Isabel da Costa. Antonio faleceu em 1664 e Sebastiana em 1693, em Itu, SP.1.2. Bartholomeu de Quadros, nascido em 1641, em São Paulo, SP (batizado em 9 de Setembro de 1641). Casou-se em 1670, em Santana do Parnaíba, SP, com Anna Correa, filha do português Serafino Correa e da brasileira Isabel de Anhaya. Anna faleceu em 1715, e Bartholomeu em 1729, ambos em Itu.1.3. Padre Bernardo de Quadros, nascido em 1640, em São Paulo, SP (batizado em 24 de Dezembro de 1640). Em 1680, Bernardo foi coadjutor em Santana do Parnaíba.Foi vigário em Itu, onde participou ativamente da construção da Igreja Matriz. 1.4. Maria de Quadros (Bicudo), casada com Francisco de Arruda e Sá, nascido na Ilha de São Miguel, nos Açores, filho do Capitão Gonçalo Vaz Botelho de Sampaio e de Anna da Costa de Arruda [citados em 1.6. e 1.7.]. Francisco faleceu em 1684.1.5. Cecília Ribeiro, casada com João Diniz da Costa. Cecília faleceu em 1715, em Itu.1.6. Isabel de Quadros, casada com Sebastião de Arruda Botelho, nascido na ilha de São Miguel, nos Açores, filho do Capitão Gonçalo Vaz Botelho de Sampaio e de Anna da Costa de Arruda [citados em 1.4. e 1.7.].1.7. Anna de Quadros, nascida em 1645, em São Paulo, SP (batizada em Março de 1645). Casou-se em 1665, em Santana do Parnaíba, com André de Sampaio Arruda, nascido em 1639, na Ilha de São Miguel, nos Açores, filho do Capitão Gonçalo Vaz Botelho de Sampaio e de Anna da Costa de Arruda [citados em 1.4. e 1.6.].1.8. Estephania de Quadros, casada em 1669, em Santana do Parnaíba, com Manoel Velho de Godoy, filho de Balthazar de Godoy Moreira e de sua segunda esposa, Maria Jorge. Manoel faleceu em 1670.1.9. Balthazar de Quadros, casado com [...].
Balthazar de Godoy MoreiraNascimento: ~ 1597Origem: São Paulo, BrasilNasceu por volta de 1597, provavelmente em São Paulo.Foi o segundo dentre os seis filhos do espanhol Balthazar de Godoy e da brasileira Paula Moreira. Balthazar foi bandeirante e, em 1616, fez diversas viagens partindo do rio Tietê e descendo até a região do Guairá (no Paraná).Em 1628, participou da expedição de Antonio Raposo Tavares ao Rio Grande do Sul. Casou-se em 1630, com Antonia Preto, filha do português Capitão Manoel Preto e da brasileira Águeda Rodrigues.Antonia faleceu em 1632, e Balthazar casou-se pela segunda vez, com Maria Jorge, filha do português Francisco Jorge (Pires) e da brasileira Isabel Rodrigues (Bonilha).Falesseo BAR DE GODOI MORA aos sete de outubro com todos os sacramtos, e se enterrou na Igreia de Nossa Snra do Carmo, e deixou em seo testamto de esmola a Nossa Snra da Penha quatro mil reis e a Sam Frco de Paula de [.......] conhecimto de dois mil reis. Balthazar faleceu em 7 de Outubro de 1679, em Mogi das Cruzes, SP.Foi pai de nove filhos e cinco filhas:[do primeiro casamento:]1.1. Antonia Preto, a Filha, casada com Nuno Bicudo de Mendonça. Nuno faleceu antes de 1649, e, Antonia casou-se pela segunda vez, antes de 1664, em São Paulo, SP, com Isidoro Pinto da Silva, viúvo de Inocência da Costa, filho de Jácome Pinto e de Catharina da Silva Pedrosa. Isidoro faleceu em 1707, em Santana do Parnaíba, SP.[do segundo casamento:]1.2. Balthazar de Godoy, casado com [...].1.3. Padre Jorge Moreira. Jorge foi vigário em Mogi das Cruzes. 1.4. Francisco Jorge de Godoy, casado em 1679, em Mogi das Cruzes, com Inês Fragoso de Mattos, filha do português Miguel Fragoso de Mattos e da brasileira Inês Correa de Lemos e Moraes. Inês faleceu em 1713, em Mogi das Cruzes.1.5. Manoel Velho de Godoy, casado em 1669, em Santana do Parnaíba, com Estephania de Quadros, filha de Bartholomeu de Quadros e de Isabel Bicudo de Mendonça. Manoel faleceu em 1670, em Santana do Parnaíba.1.6. Thomé Moreira Velho, casado com Natália Gomes, filha do português João Gomes Villas Boas e da brasileira Maria Jácome. Natália faleceu em 1724, e Thomé faleceu em 1728, ambos em Mogi das Cruzes. Thomé foi "cidadão rodeado de veneração e respeito em Mogi das Cruzes".Ocupou "os honrosos cargos do governo da terra" em Mogi das Cruzes.Foi Sargento-mor do terço dos auxiliares do Mestre-de-campo Domingos da Silva Bueno, e nesse posto marchou em 1711 para a vila de Santos para defendê-la contra as ameaças dos franceses. 1.7. Frei Fernando, nascido em 1640, em São Paulo, SP (batizado em 2 de Janeiro de 1641). Fernando foi religioso franciscano. 1.8. João de Godoy Moreira, casado com Maria de Lima, filha de Domingos Lopes de Lima e de Bárbara Cardoso. Após a morte de Maria, João casou-se pela segunda vez, com Catharina de Lemos, filha de Francisco Correa de Lemos e de Maria de Moraes. João faleceu em 1748, em Mogi das Cruzes.1.9. Antonio, nascido em 1643, em São Paulo, SP (batizado em 24 de Maio de 1643).1.10. Frei Plácido. Plácido faleceu antes de 1679. Plácido foi religioso beneditino. 1.11. Leonor Jorge de Godoy, casada com o português Sebastião da Fonseca Pinto, nascido em 1636, em Figueira da Foz, filho de Manoel Martins (Luís) e de Maria da Fonseca. Sebastião faleceu em 1719.1.12. Maria Jorge, casada com Antonio Leite Ferreira. Antonio faleceu em 1670, em Santana do Parnaíba.1.13. Paula Moreira (Jorge), casada com o português Luís Mendes de Vasconcellos, nascido na cidade do Porto, filho de Diogo de Araújo Ferraz e de Marianna Freire de Vasconcellos. Luís faleceu em 1716, em Mogi das Cruzes.1.14. Isabel Rodrigues, casada em São Paulo, SP, com o Coronel Lucas de Camargo Ortiz, nascido em 1642, em São Paulo, SP, filho do Capitão Fernando de Camargo, o Tigre, e de Marianna do Prado (Camargo).
Balthazar de GodoyNascimento: 1561Origem: Albuquerque, Castela, EspanhaNasceu em 1561 na cidade de Albuquerque, no reino de Castela, na Espanha.É às vezes chamado de Balthazar de Godoy Gil. Balthazar era um fidalgo no reino de Castela, e mudou-se para o Brasil no fim do século XVI, na época do domínio espanhol (1580 – 1640). Talvez tenha sido um cristão-novo.Veio para o Brasil por volta de 1591, instalando-se em São Paulo.Foi bandeirante e participou da entrada de Nicolau Barreto ao Guairá em 1602. Nesta bandeira faleceu Brás Gonçalves, e, quando seus bens foram leiloados, Balthazar de Godoy arrematou dois pratos de estanho. Casou-se em São Paulo, SP, com Paula Moreira, filha do português Capitão-mor Jorge Moreira e da portuguesa Isabel Velho, a Filha. Em 1623, já casado, Balthazar exerceu o cargo de juiz de órfãos em São Paulo. Balthazar faleceu em 1628.Foi pai de cinco filhos e uma filha [note que os três filhos mais velhos têm o nome dos três reis magos ]:1.1. Belchior de Godoy, casado em 1629, em São Paulo, SP, com Catharina de Mendonça de Siqueira, filha de Francisco de Mendonça e de Maria Diniz. Belchior faleceu em 1649, em São Paulo, SP. Belchior foi bandeirante e, em 1616, participou de uma expedição ao Guairá.Conhecia profundamente as rotas para alcançar o interior pelo rio Tietê. 1.2. Balthazar de Godoy Moreira, casado em 1630 com Antonia Preto, filha do português Capitão Manoel Preto e da brasileira Águeda Rodrigues. Antonia faleceu em 1632, e Balthazar casou-se pela segunda vez, com Maria Jorge, filha do português Francisco Jorge (Pires) e da brasileira Isabel Rodrigues (Bonilha). Balthazar faleceu em 1679, em Mogi das Cruzes, SP.1.3. Capitão Gaspar de Godoy Moreira, casado em 1634, em São Paulo, SP, com Anna de Alvarenga, a Filha, filha de Pedro da Silva e de sua segunda esposa, Anna de Alvarenga [citados em 1.6.]. Anna faleceu em 1648, e Gaspar casou-se pela segunda vez, em 1649, com Anna Lopes Moreira, filha de Gaspar Gonçalves Ordonho e de Anna Moreira. Gaspar faleceu em 1658, em São Paulo, SP, e Anna casou-se pela segunda vez, com Francisco Ribeiro de Moraes, filho de Victor Antonio de Castro Novo e de Sebastiana Ribeiro de Moraes. Anna faleceu antes de 1692.1.4. João de Godoy Moreira, casado com Euphemia da Costa Motta, filha de Dionísio da Costa Collaço e de Isabel da Motta.1.5. Maria de Godoy, casada com seu primo-irmão, o português Capitão João Fernandes de Saavedra, filho do castelhano Francisco de Saavedra e da brasileira Maria Moreira (Velho). João faleceu em 1677, em Santana do Parnaíba, SP.1.6. Sebastião Gil de Godoy, casado em 1636, em São Paulo, SP, com Isabel da Silva (Alvarenga), filha de Pedro da Silva e de sua segunda esposa, Anna de Alvarenga [citados em 1.3.]. Sebastião faleceu em 1682, e Isabel em 1705, na vila de Santana do Parnaíba, SP.
Paula MoreiraNascimento: ~ 1568Origem: São Paulo, BrasilNasceu por volta de 1568, provavelmente em São Paulo.Foi a segunda dentre os onze filhos do português Capitão-mor Jorge Moreira e da brasileira Isabel Velho, a Filha. Seus pais casaram-se em Portugal e vieram para o Brasil em 1540. Paula morou na vila de São Paulo. Casou-se em São Paulo, SP, com o fidalgo espanhol Balthazar de Godoy.Foi mãe de cinco filhos e uma filha, citados acima.Paula faleceu após 1623.
Antonia PretoNascimento: ~ 1605Origem: São Paulo, BrasilNasceu por volta de 1605, provavelmente em São Paulo.Foi a mais nova dentre os cinco filhos do português Capitão Manoel Preto e da brasileira Águeda Rodrigues.Casou-se em 1630, com Balthazar de Godoy Moreira, filho do espanhol Balthazar de Godoy e da brasileira Paula Moreira.Foi mãe de uma única filha, citada acima.Antonia faleceu em 1632.Após a morte de Antonia, Balthazar casou-se pela segunda vez, com Maria Jorge, filha do português Francisco Jorge (Pires) e da brasileira Isabel Rodrigues (Bonilha).
Maria JorgeNascimento: ~ 1610Origem: São Paulo, BrasilNasceu por volta de 1610, provavelmente em São Paulo.Filha de Francisco Jorge (Pires) e de Isabel Rodrigues (Bonilha).Casou-se com Balthazar de Godoy Moreira, viúvo de Antonia Preto (falecida em 1632, filha do português Capitão Manoel Preto e da brasileira Águeda Rodrigues), filho do espanhol Balthazar de Godoy e da brasileira Paula Moreira.Foi mãe de nove filhos e quatro filhas, citados acima.
Isabel Rodrigues (Bonilha)Nascimento: ~ 1585Origem: EspanhaNasceu por volta de 1585, na Espanha.Filha de Francisco Martins Bonilha e de Antonia Gonçalves (Bonilha).Casou-se com Lourenço Gomes Ruxaque, filho de Pedro Rodrigues Ruxaque e de Catharina Gomes. Lourenço faleceu em 1611, em São Paulo, SP, e Isabel casou-se pela segunda vez, com o português Francisco Jorge (Pires), filho de Jorge Pires (Cabral) e de Violante Cabral.
Isabel faleceu em 1661, em São Paulo, SP.Além das três filhas citadas acima, Isabel foi mãe de mais dois filhos e uma filha:[do primeiro casamento:]
1.1. Pedro Gomes.1.2. Francisco Gomes, casado em 1640, em São Paulo, SP, com Sebastiana do Amaral, filha de Paulo da Costa e de Páschoa do Amaral. Após a morte de Francisco, Sebastiana casou-se pela segunda vez, com Diogo Rodrigues. Sebastiana faleceu em 1671.1.3. Catharina Gomes, casada com Aleixo Leme, filho de Aleixo Leme e de Inês Dias. Aleixo faleceu antes de 1661, e Catharina faleceu após 1661. Aleixo faleceu em 1646. II, 352
Capitão Fernando de Camargo, o TigreNascimento: ~ 1605Origem: São Paulo, BrasilNasceu por volta de 1605, provavelmente em São Paulo.Também chamado de Fernão de Camargo.Foi o mais velho dentre os oito filhos do espanhol Jusepe Ortiz de Camargo e da brasileira Leonor Domingues, a Neta.Dis Domingos de Camargo, filho legitimo de FERNANDO DE CAMARGO e de sua molher MARIANA DO PRADO, naturais desta villa, he seu avo paterno Joseph de Camargo, castelhano de nassam, e sua molher Leonor Domingues, natural desta villa, e avos maternos João de Santa Maria, outrossim castelhano de nassão, e sua molher Phelipa do Prado, natural desta dita villa; e por quanto elle suplicante se quer promover as ordens sacras, e quer provar por testemunhas em como he filho e neto dos sobreditos pais e avos, e por tal tido, avido, reputado, creado e procreado, e geralmente conhesido, e todos huns e outros, serem christãons velhos, limpos e de limpo sangue, sem rassa alguma de mouros, judeos, mulatos, nem outra infesta nassão contra nossa fee católica, vivendo como tais, sem aver fama nem rumorem contrario, e serem dos bons desta terra, e da governança della.Processo de habilitação sacerdotal do filho Domingos, em que aparecem os nomes dos pais de Fernando e Mariana Casou-se em 1627, em São Paulo, SP, com Marianna do Prado (Camargo), filha do espanhol João de Santa Maria e da brasileira Felipa do Prado. Em 1635, Fernando foi eleito vereador em São Paulo.Em Março de 1635, Fernando de Camargo e Luís Dias Leme lideraram a expedição exploradora e batedora chamada "bandeira de Aracambi", que partiu de Santos em numerosos barcos para a região do Tape, no sul do Brasil. Regressou após alguns meses, trazendo grande número de índios aprisionados. Esta bandeira iniciou a invasão das reduções jesuíticas do Rio Grande do Sul pelos paulistas.Em 1640, Fernando foi o líder do movimento que culminou com a expulsão dos jesuítas da capitania de São Paulo.Fernando, juntamente com seu irmão, José Ortiz de Camargo, foi o chefe do "partido dos Camargos", que se levantou contra o "partido dos Pires" (liderado por João Pires e seu genro Francisco Nunes de Siqueira, o "Redentor da Pátria").A disputa assim se iniciou: [adaptada da descrição de Pedro Taques, na Nobiliarquia Paulistana]:"Em 1640, tendo se levantado uma disputa entre Fernando de Camargo e Pedro Taques, ambos desembainharam as espadas e adagas no largo da matriz da vila de São Paulo (atual Praça da Sé). Ali se travou renhido combate em que tomou parte numeroso contingente de um e outro partido que, em vez de pacificarem a pendência, começaram a ofender-se uns aos outros. Iniciado o combate na porta da igreja, percorreram as ruas sempre combatendo, até chegarem novamente ao ponto de partida. Isto se deu com tanta felicidade que, apesar de terem morrido muitas pessoas no conflito, feridas por escopetas, os principais contendores escaparam com vida"."Passado algum tempo, estando os dois contendores já convalescidos das feridas, persistia o temor de novo combate. Para tal se desafiavam os dois partidos, formados por parentes e aliados que se declaravam inimigos, sem mais causa para tanta inimizade, vingança e ódio que o indesculpável estímulo de cega paixão"."Em 1641, estando Pedro Taques em conversa com um amigo, tendo as costas para a porta travessa da matriz de São Paulo, veio à falsa fé Fernando de Camargo, e correu a adaga pelas costas de Pedro Taques, que logo perdeu a vida sob o rigor do golpe".Segundo Silva Leme (na Genealogia Paulistana), "se realmente foi Fernão de Camargo o executor do crime, este é em parte atenuado porque foi resultado de uma conspiração. Cumpre observar que este crime, se foi cometido por Fernando de Camargo, não foi planejado por uma só cabeça, pois que no inventário do Capitão Pedro Leme do Prado (falecido em 1658, em Jundiaí) se encontra uma escritura de perdão, na qual figuram como partes: de um lado Anna de Proença, mãe de Pedro Taques, e do outro Maria Gonçalves, viúva do capitão Pedro Leme do Prado. Nessa escritura, Anna de Proença concede o perdão a Maria Gonçalves da morte praticada pelo Capitão Pedro Leme na pessoa de Pedro Taques. Isto vem provar que ou o crime não foi praticado por Fernando de Camargo, ou, se foi este o autor dessa morte, foi ela votada em uma conspiração em que figuravam o Capitão Pedro Leme e provavelmente outros membros do partido dos Camargos, sendo, nesta hipótese, Fernando de Camargo o sorteado para essa execução. Em vez de fazer uma emboscada, protegido pela sombra da noite, preferiu executar a ordem em pleno dia, no largo da Sé".A partir de então, até 1655, Fernando foi um dos líderes do partido dos Camargos que lutava contra o partido dos Pires. Como consequência deste crime, a luta entre as duas famílias continuou perturbando a tranquilidade da vila de São Paulo durante muitas décadas.Em 1653, Fernando ocupou o cargo de juiz ordinário na vila de São Paulo.Em 1674, Fernando solicitou a El-Rei a confirmação da provisão que definia as normas para as eleições da câmara da vila de São Paulo e da capitania de São Vicente.Em 24 de Dezembro de 1675, foi registrada a aprovação do requerimento de Fernando sobre a forma com que deveria ser feita a eleição dos oficiais da câmara da vila de São Paulo. Este requerimento fora aprovado no ano anterior pelo Conselho Ultramarino, e referendado pelo Príncipe Regente. Fernando faleceu em 29 de Dezembro de 1679, em São Paulo, SP.Foi pai de pelo menos oito filhos e seis filhas:1.1. Capitão Fernando Ortiz de Camargo, casado com Joanna Lopes, filha do português Gonçalo Lopes e da brasileira Catharina da Silva. Fernando faleceu em 1690, e Joanna em 1692, em São Paulo, SP.1.2. Capitão Francisco de Camargo Santa Maria, casado com Maria de Siqueira e Albuquerque, filha do português Capitão Duarte Pacheco de Albuquerque e da brasileira Simoa de Siqueira. Francisco faleceu em 1714. Francisco foi "destacado bandeirante".Participou como lugar-tenente e alferes-mor na expedição de Francisco Pedroso Xavier à província do Itatim (no Paraguai). Esta bandeira partiu de São Paulo em 14 de Fevereiro de 1675, levando cem homens brancos e cerca de quinhentos índios tupis. Atacaram as reduções de Terecani, São Francisco de Ibirapariara, Candelária, Maracaju e Santo André, aprisionando grande número de índios e causando grande dano. Em seguida, atacaram Vila Rica do Espírito Santo, que foi ocupada em 17 de Fevereiro de 1676. Retirou-se com os prisioneiros e o produto do saque, combatendo as forças castelhanas que vieram em socorro. Finalmente, na serra de Maracaju, conseguiu repelir os últimos espanhóis e chegoou a salvo à vila de São Paulo.Em 1682, Francisco foi nomeado almotacel da vila de São Paulo.Em 1690, foi eleito vereador e, em 1696, Francisco foi juiz ordinário na vila de São Paulo. 1.3. José Ortiz de Camargo (Prado), casado com Maria das Neves Pires, filha de Antonio das Neves e de Mécia Pires Rodrigues [esta Mécia Pires Rodrigues, é irmã da Mécia Pires Rodrigues citada em 1.4.].1.4. João Ortiz de Camargo, casado com Mécia Pires Rodrigues [esta Mécia Pires Rodrigues, é irmã da Mécia Pires Rodrigues citada em 1.3.], filha de João Pires e de Mécia Rodrigues, a Neta. João faleceu em 1671, em São Paulo, SP, e Mécia faleceu em 1687.1.5. Marianna, nascida em 1640, em São Paulo, SP (batizada em 8 de Janeiro de 1641).1.6. Gabriela Ortiz de Camargo, casada com [...].1.7. Anna Maria de Camargo, nascida em 1644, em São Paulo, SP (batizada em 28 de Março de 1644). Casou-se com o Capitão Manoel da Costa Duarte. Manoel faleceu em 1701, em São Paulo, SP. Em 1675, Manoel foi nomeado juiz ordinário na vila de São Paulo. Mais tarde foi ouvidor das minas de São Paulo.Foi vedor do corpo militar da expedição que fundou a colônia de Sacramento, no sul do Brasil.. Em 10 de Março de 1679, essa expedição liderada por Jorge Soares de Macedo partiu de Santos em direção ao sul. Aportando em Santa Catarina, ali desembarcaram os índios vindos de São Paulo, os irmãos Francisco José e Manoel Dias Velho, sendo nomeado Capitão-comandante do novo arraial o Capitão Manoel da Costa Duarte. Quando os colonos começaram a se dispersar, o Capitão recebeu ordem de retornar a São Paulo. Viajou por terra, levando mais de trezentas pessoas, muitos dos quais desertaram na altura do rio de São Francisco do Sul.Em 1699, foi eleito vereador para a Câmara da vila de São Paulo. 1.8. Coronel Lucas de Camargo Ortiz, nascido em 1646, em São Paulo, SP (batizado em Outubro de 1646). Casou-se em São Paulo, SP, com Isabel Rodrigues, filha de Balthazar de Godoy Moreira e de sua segunda esposa, Maria Jorge. Em 1675 e 1692, Lucas exerceu o cargo de almotacel na Câmara da vila de São Paulo.Em 1º de Fevereiro de 1681, sendo vereador na vila de São Paulo, declarou em sessão na câmara que iria "buscar remédio [isto é, riqueza] no sertão" e que, por isso, o eximissem das responsabilidades locais, "sendo eleito outro em seu lugar".Em Fevereiro de 1682, já se achava no sertão, como vanguarda da bandeira de Dom Rodrigo Castelo Branco, avançando na direção de Atibaia.Em 8 de Abril de 1686, recebeu a patente de Capitão da infantaria da ordenança do bairro de Tietê.Em 1699, foi eleito juiz ordinário da vila de São Paulo. 1.9. Padre Domingos de Camargo, nascido em 1647, em São Paulo, SP (batizado em 29 de Dezembro de 1647). Em 1677, Domingos solicitou habilitação sacerdotal. 1.10. Maria de Camargo (Prado), casada com Manoel das Neves Gil. Manoel faleceu em 1659.1.11. Manoel Ortiz de Camargo, nascido em 1650, em São Paulo, SP (batizado em 1º de Janeiro de 1651). Casou-se com Maria Bueno de Siqueira, filha de Lourenço de Siqueira de Mendonça e de Maria Bueno (Parente). Manoel faleceu em 1699.1.12. Capitão Pedro Ortiz de Camargo, nascido em 1653, em São Paulo, SP (batizado em 20 de Agosto de 1653). Casou-se em 1696, em São Paulo, SP, com Maria de Campos, filha de Francisco Cardoso e de Maria Bicudo de Campos. Sem filhos deste casamento. Pedro faleceu em 1698, e Maria casou-se pela segunda vez, com o Capitão-mor Thomé de Lara de Almeida, viúvo de Maria de Almeida Pimentel (filha do Capitão Antonio de Almeida Pimentel e de sua primeira esposa, Lucrécia Pedroso de Barros), filho de Lourenço Castanho Taques e de Maria de Lara. Após a morte de Thomé, Maria casou-se pela terceira vez, em 1726, em Itu, SP, com Gaspar de Godoy Moreira, nascido em São Paulo, SP, filho de Ignácio Moreira de Godoy e de Catharina de Unhatte de Medeiros. Sem filhos. Maria faleceu em 1746, em Araritaguaba, SP, e Gaspar faleceu em Cuiabá. Pedro foi "potentado, pelo domínio que tinha sobre um grande numero de índios armados, os quais tinha conquistado no sertão".Ocupou o cargo de juiz ordinário. Foi assassinado pelo Tenente-general Gaspar de Godoy Collaço, "por causa das insolências que praticava no exercício de seu cargo".Thomé, o segundo marido, mudou-se para Sorocaba, que foi elevada a vila em 1661.Foi loco-tenente do conde da ilha do Príncipe, donatário da capitania de Itanhaém.Recebeu "uma honrosa carta do rei Dom Pedro, firmada por seu próprio punho".Foi "cidadão de respeito, muito caritativo, e fugiu sempre de ocupar os cargos da república". 1.13. Leonor Domingues de Camargo, casada com Matheus de Leão. Matheus faleceu em 1698. Matheus ocupou "honrosos cargos em seu tempo". 1.14. Felipa de Camargo, nascida em 1642.[filhos naturais, fora do casamento]1.15. "Vários filhos naturais, que deixaram grande geração".
Marianna do Prado (Camargo)Nascimento: ~ 1610Origem: São Paulo, BrasilNasceu por volta de 1610, provavelmente em São Paulo.Foi a segunda dentre os oito filhos do espanhol João de Santa Maria e da brasileira Felipa do Prado. Dis Domingos de Camargo, filho legitimo de FERNANDO DE CAMARGO e de sua molher MARIANA DO PRADO, naturais desta villa, he seu avo paterno Joseph de Camargo, castelhano de nassam, e sua molher Leonor Domingues, natural desta villa, e avos maternos João de Santa Maria, outrossim castelhano de nassão, e sua molher Phelipa do Prado, natural desta dita villa; e por quanto elle suplicante se quer promover as ordens sacras, e quer provar por testemunhas em como he filho e neto dos sobreditos pais e avos, e por tal tido, avido, reputado, creado e procreado, e geralmente conhesido, e todos huns e outros, serem christãons velhos, limpos e de limpo sangue, sem rassa alguma de mouros, judeos, mulatos, nem outra infesta nassão contra nossa fee católica, vivendo como tais, sem aver fama nem rumorem contrario, e serem dos bons desta terra, e da governança della.Processo de habilitação sacerdotal do filho Domingos, em que aparecem os nomes dos pais de Fernando e Mariana Casou-se em 1627, em São Paulo, SP, com o Capitão Fernando de Camargo, o Tigre, filho do espanhol Jusepe Ortiz de Camargo e da brasileira Leonor Domingues, a Neta.Foi mãe de oito filhos e seis filhas, citados acima.Marianna faleceu em 1688, em São Paulo, SP.
João de Santa MariaNascimento: ~ 1575Origem: Castela, EspanhaNasceu por volta de 1575, no reino de Castela, na Espanha.
João veio para o Brasil como secretário de Dom Francisco de Sousa, Governador-Geral do Brasil. Casou-se no Brasil com Felipa do Prado, filha de Pedro Leme, o Neto, e de sua primeira esposa, Helena do Prado. Foi pai de quatro filhos e quatro filhas:
1.1. Joanna do Prado (Costa), casada com João da Costa (Prado).1.2. Marianna do Prado (Camargo), casada antes de 1630, com o Capitão Fernando de Camargo, o Tigre, filho do castelhano Jusepe Ortiz de Camargo e da brasileira Leonor Domingues, a Neta.1.3. Helena do Prado, a Neta, casada em São Vicente, SP, com João Gonçalves de Meira, filho de Pedro Gonçalves Meira e de Maria Vieira. Helena faleceu em 1687, em São Vicente.1.4. Pedro Leão de Santa Maria.1.5. Antonio do Prado Santa Maria, casado com Maria Mendes Collaço.1.6. Domingos Leme da Silva.1.7. João do Prado Santa Maria.1.8. F..., casada com Affonso Pellaes, provavelmente filho do castelhano Affonso Pelaes e da brasileira Luísa de Siqueira de Mendonça.
Nenhum de nós escolhe o nosso fim, na verdade. Um rei pode induzir um homem, um pai pode assumir um filho, mas lembre-se disto, mesmo que aqueles que o induzirem forem reis ou homens de poder, sua alma pertencerá apenas a você. Quando estiver perante Deus não poderá dizer mas outros ‘me disseram para fazer isto‘ ou que a virtude não era conveniente no momento não será suficiente.
