8 de maio de 1908, sexta-feira Atualizado em 24/05/2025 05:27:31
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Nota da editora: Texto sem revisão Nos primeiros dias de janeiro de 1908, em Sarapuí, fora descoberto um fato monstruoso: um homem, Antônio Marques Quevedo, jazia em carcere privado, há vinte e cinco anos, preso por uma grossa corrente de ferro, dentro de um quarto escuro e imundo, onde o desgraçado mal podia respirar, e curtia os horrores da fome e da sede.
Os pormenores diziam que o mártir estava como um esqueleto; mas o e mais profundamente impressionou a opinião foi saber-se que a autora desse horrível martírio era a própria mãe da vitima, Maria Marques Quevedo.
Foi difícil a policia local conter o povo, indignado, disposto a fazer justiça por suas próprias mãos. Tomadas, porém, todas as providencias que o caso requeria foi Quevedo retirado do carcere e transportado para a cidade de Pirapetinga.
Quando ele chegou aquela cidade, houve algo mágico no espirito da população. Todos correram para a delegacia para ver, espantados o desventurado com a pele sobre os ossos, num verdadeiro estado de mumificação.
Seus olhos eram de um brilho quase apagado, seu lábio era de uma larga expressão de amargura e era como uma espécie de medo que ele encarava as centenas de pessoas que foram vê-lo, não proferindo uma palavra.
Recolhido a uma casa de família, foi-lhe dada alimentação que, a principio, o desgraçado recusou, tão desacostumado estava de tal caridade, ou, quem sabe? Ou queria ele apressar a morte?
Alguns dias depois, a instancias da respectiva autoridade, foi o martir removido para a capital de São Paulo.Um jornal paulista relata a viagem:"Ontem, de manhã, Antonio Marques Quevedo foi conduzido para a estação da Estrada de Ferro Sorocabana. O recinto estava repleto de gente. Não de podia transitar por ali.
Quando da carroça do escrivão de policia de Sarapuí tomou o infeliz nos braços e o conduziu para uma carruagem reservada de segunda classe, na multidão houve um sentimento de espanto e dor.
Ninguém queria acreditar que esse infeliz estivesse durante vinte e cindo anos sob o mesmo teto em que vivia sua própria mãe.
As mulheres do povo comentavam o fato com indignação. Algumas traduziam desejos de vingança, pediam a aplicação de um castigo nessa que, dizendo-se mãe, deixara chegar o seu filho a um tal estado de pobreza moral e física.
A mulher de um açougueiro, fechando punho, ameaçador, vociferava: - Se me deixassem, a mãe havia de ir para o matadouro e ter ali o mesmo destino que teve ontem minha vaca Moura!
Muitas mulheres disseram "apoiado"! E outras riram--se de semelhante ideia.Mas toda a gente se sentia sensibilizada diante de tão grande infortúnio.
EM algumas estações, entre as quais Boituva e Sorocaba, as respectivas plataformas estavam coalhadas de gente.
E agora a chagada á capital paulista:
Já as 6 horas, na estação da Sorocabana, desta capital, a multidão de curiosos era enorme e, cá fora, rodeando o carro da policia, havia para mais de quatrocentas pessoas.
Vários policias afastavam os curiosos para facilitar o transito. igual serviço foi feito na "gare". As 7 horas o trem entrou na estação, onde havia cerca de mil pessoas.
Toda essa gente, mal o trem parou, se precipitou para o vagão em que vêm diversos policiais.
O escrivão de Sarapuí, Sr. Manuel Constâncio, pega então em Antonio Marques Quevedo e o conduz, nos braços, até o carro da polícia.
Quando o mártir de Sarapuí atravessou a multidão, desta partiram exclamações de verdadeiro horror.
É que nos braços do funcionário de Sarapuí não ia um homem, mas um esqueleto, um conjunto mísero de ossos!
Estavam ali de serviço o delegado Rudge Ramos e o médico legista Dr. Marcondes.O Dr. Marcondes Machado examinou Quevedo rapidamente, depois do que, por ordem da autoridade policial, o acorrentado de Sarapuí foi conduzido a uma das salas do xadrez.
Ali iam vê-lo vários jornalistas, que puderam constatar a fidelidade com que descreveram a miséria física em que estava Quevedo em Sarapuí.
As 8 horas e meia o Dr. Rudge Ramos determinou que o infeliz fosse transportado para o Hospital da Santa Casa da Misericórdia, o que foi imediatamente cumprido.Quevedo foi colocado num estabelecimento de caridade, para ver se era possível restituir-lhe o vigor físico de outros tempos.
Um médico que o vira na estação, afirma que é um caso perdido. O marasmo invadiu aquele corpo quase inanimado.
O que em Quevedo ainda havia era um lampejo de vida, não sabia-se se consciente ou inconsciente.
O texto encerra dizendo que é triste para um jornalista do século XX transmitir ao publico uma cena de tão trágica, na qual o pepel sinistro do algoz é desempenhado por uma mãe estupida e feroz, a quem a justiça deve tomar sérias contas.
Fonte: Jornal O Malho (RJ) facebook.com/sorocaba24hrs/ posts/549959662436451
“O Mártir de Sarapuí” Data: 01/01/1908 Créditos/Fonte: Jornal O Malho (@) (!)
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A mãe do “Mártir de Sarapuí” Data: 01/01/1908 Créditos/Fonte: Jornal O Malho Maria Marques Quevedo (@) (!) (ff)
ID: 6950
ME|NCIONADOS ATUALIZAR!!! EMERSON
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.