O bisavô de Fernando Henrique Cardoso, brigadeiro Felicíssimo do Espírito Santo Cardoso, era ardoroso monarquista. Tanto assim que d. Pedro 2º o nomeou, por quatro vezes, presidente da Província de Goiás no final do século passado.Apesar deste perfil, um de seus quatro filhos, Joaquim Inácio Batista Cardoso (avô do atual presidente), decidiu tomar rumo oposto. Tornou-se republicano e abolicionista.Na visita que fez a Goiás, há dias, Fernando Henrique contou que, apesar de tantas diferenças, havia respeito entre pai e filho. Tanto que Felicíssimo chegou certa vez a escrever para Joaquim Inácio, que na época estava no Exército, em Anápolis, para tratar de forma afetuosa as divergências entre os dois.Na carta, Felicíssimo dizia que tanto fazia ser ele um conservador e o filho, um liberal. Tampouco ser ele monarquista e o filho, republicano. A carta concluía:- Afinal, aqui em Goiás quem continua mandando mesmo são os Caiado.
Nós temos a pretensão que temos artistas, porque temos Portinari, porque temos Vila- Lobos, ou temos Beethoven. Então isso nos da aparência, o orgulho de que nós temos arte. Nós não temos arte porra nenhuma. Porque tanto Picasso quanto Beethoven pertencem a grupos muito pequenos. Bom, até que agora 1977) os instrumentos de massa estão permitindo que mais outras pessoas se comuniquem com isso. Mas é tudo um código complicado para que um popular chegue a entender isso. Na maior parte das vezes não chega. Ninguém chega a entender.
Data: Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*