argo, estabeleceu a divisa das Capitanias de Martim Afonso de Sousa e de seu irmão pela barra Grande, de Santos, e não pela barra da Bertioga, transferindo a ilha de Guaibê e a correspondente faixa de terra firme à jurisdição de Pero Lopes de Sousa (Madre de Deus, Frei Gaspar da “Memórias para a História...”, 1797). Teria deixado descendentes em S. Paulo. Nº 3
1ºI- GASPAR AFONSO, n. em Portugal, segundo os autores, veio para Capitania de S. Vicente e passou a residir na vila de S. Paulo onde exerceu os cargos de alcaide em 1572, procurador do concelho em 1578, almotacel em 1579, etc. (ACCSP, I, 55, 115 e 131). Nesse ano, figurou nas atas da câmara como cunhado de Marcos Fernandes, o velho (id., 134).
Havia casado pouco antes com MADALENA AFONSO, a qual era chamada “órfã” quando casou 2ª vez com Afonso Dias, pessoa da governança de S. Paulo. Faleceu Gaspar Afonso e foi inventariado em 1583 (v. INV. E TEST., II, 124). Deixou terras em “Urubuapira”, além do rio “Anhãbi”, as quais herdaram seus filhos, com o padrasto, por morte de Madalena Afonso ocorrida antes de 1590. Casou o viúvo com FRANCISCA CUBAS e vendeu a Antônio Pereira as referidas terras de Urubuapira, resguardando os direitos dos órfãos, conforme escritura lavrada em S. Paulo, a 1º de julho de 1602, pelo escrivão Antônio Rodrigues (INV. E TEST., X, 173). Pais de, ao menos:
1 (II)- MARIA AFONSO C.c. ALONSO PERES CANÃMARES - segue.
2 (II)- BÁRBARA GAGO C.c. FERNÃO PAIS -
2º.II- MARIA AFONSO, n. por 1577, C. cerca de 1591 c. ALONSO PERES CANÃ-MARES, castelhano, pessoa da governança que exerceu em S. Paulo os car-gos de procurador do concelho em 1592, almotacel em 1599 e 1611, juiz ordinário em 1608, vereador em 1619, etc.
Como responsável por alguns pombeiros, esteve envolvido em 1623, com seu filho Pedro Vidal e outros sete brancos, na devassa instau-rada em S. Paulo pelo superintendente de guerra, Cap. Mor Martim de Sá, sobre o assassínio do cacique Timacaúna e o apresamento de sua tribo (RIHGSP, XLIV, 294). Havido sido morto Timacaúna por um negro de Simão Alves (2).
A 6 de julho de 1627, foi testemunha, com Geraldo Correia e Ambrósio Pereira, da abertura do interrogatório no “Processo Informativo de S. Paulo” para a beatificação do Padre José de Anchieta (Revista da ASBRAP, nº 3, p. 28). Faleceu Maria Afonso em 1662, com testamento, e seu marido em 1628, sendo inventariados em S. Paulo. [p. 155]
Tiveram oito filhos, nascidos entre os anos de 1596 e 1620, todos mencionados por Silva Leme: 1 (III)- MANUEL PERES CALHAMARES C. antes de 1630 c. MARIA AN-TUNES, filha de Manuel Antunes e de s/m. Inocência Rodrigues, n.p. de Gaspar Fernandes, de Portugal, e de s/m. Domingas An-tunes (irmã do Cap. Mor Manuel Preto) n.m. do (?) Cap. Francis-co Rodrigues Velho, provedor dos quintos reais, e de s/m. Brígi-da Machado (a moça).
Exerceu o cargo de vereador em 1647 (ACCSP, V, 289). Faleceu com testamento e foi inventariado em 1663. De-terminou sepultura no capítulo da igreja de S. Francisco, em jazigo pago para si e sua mulher, tendo o acompanhamento dos religiosos do Carmo, do vigário e demais clérigos, com as cruzes e guiões das quatorze confrarias da vila de S. Paulo. Destinou o remanescente da terça à celebração de missas.
No inventário, avaliaram-se um sítio com casas de taipa de pilão e telha, alambique, gado vacum e plantações, casas de taipa de pilão na rua de S. Bento, partindo com Alonso Peres e Manuel Rodrigues de Arzão, e outra, abaixo de Santo Antônio, partindo com Gabriel Alves de la Penha. Arrolaram-se quarenta e dois administrados do gentio (INV. E TEST., XVI, 375). Foram herdeiros apenas a viúva Maria Antunes e a tutelada do mesmo nome, que recebeu em legado a metade da meação, excluída a terça.
2 (III)- MADALENA VIDAL, n. antes de 1600, C. por 1615 c. o CAP. PAU-LO DO AMARAL, n. em 1585, “homem nobre”, juiz ordinário em S. Paulo em 1620, 1642, 1645 e 1646 e vereador em 1638, 1641 e 1648 (ACCSP, II, 421, IV, 390 e V, 76, 120, 229, 257 e 323) nomeado ouvidor da Capitania a 11 de dezembro de 1648 (RGCSP, II, 180). Cristão velho, depôs como testemunha a 26 de agosto de 1643 no processo de genere do Padre Sebastião de Freitas (ACMSP). Faleceu em 1653 (ACCSP, VI, 58) e s/m. em 1668, e foram inventariados em S. Paulo. Tiveram uma única filha: 1 (IV)- MARIA DO AMARAL DE SAMPAIO, C. na Sé a 6 de feve-reiro de 1639 c. ANTÔNIO BUENO. 3 (III)- JOÃO PERES CALHAMARES, n. por 1600 – segue. [p. 156]
S. Paulo (v. INV.TEST., I, 465).João Peres Calhamares e s/m. faleceram em datas ignoradas. Pais de:
1 (IV)- MARIA AFONSO C. na Sé a 13 de janeiro de 1642 c. o CAP. MA-NUEL RODRIGUES DE ARZÃO; com geração (S.L., título Arzão).
2 (IV)- MADALENA VIDAL C. na Sé a ................... de 1642 c. CRISTÓ-VÃO PEREIRA, n. em 1617, filho de Cristóvão Pereira e de s/m. Isabel Martins (INV. E TEST., V, 490)
3 (IV)- ISABEL FERNANDES, n. na freguesia de Santo Amaro, C. depois de 1645 c. JOSÉ CAVALHEIRO, natural da vila de Olaia, no reino de Toledo; com geração.
2ºII- BÁRBARA GAGO (filha de Gaspar Afonso, do 1º nº I) n. creio por 1580, C.c. FERNÃO PAIS, n. cerca de 1575, irmão, segundo os autores, de João Pais (o velho). Seria parente de Maria Pais (C.c. André Fernandes), de Cristóvão Pais d’Áltero, que contribuiu diversas vezes com donativos para as obras do Padre José de Anchieta, de Antônio Pais, juiz de órfãos da Vila de Vitória (ES) em 1585, e de outras pessoas, da Capitania de S. Vicente.
Em 1601, residia Fernão Pais na vila de Itanhaém (INV. E TEST., I, 360) e obteve por volta de 1611 uma sesmaria em lugar não de-clarado no termo (“Sesm.”, I, 177). Antes de 4 de março de 1624, vendeu a Henrique da Cunha Gago uma sesmaria em S. Paulo, situada além do rio Anhembi, aonde chamam Urubuapira (INV. E TEST., I, 242). Seu irmão João Pais (o velho) foi também morador na vila de Itanhaém e obteve, con-forme carta de data lavrada pelo escrivão Bartolomeu Afonso, duzentas braças de terras em Ibirapoeira, as quais vendeu antes de 1624 a Diogo Mendes e s/m. Maria da Gama (INV. E TEST., VI, 208).Fernão Pais e s/m. teriam falecido em Itanhaém em datas não conhecidas. Pais de, ao menos:
1 (III)- PEDRO PAIS2 (III)- MARGARIDA GAGO – segue.3 (III)- MADALENA AFONSO, n. antes de 1610, C.c. DOMINGOS NUNESFÉLIX - 3ºIII- MARGARIDA GAGO, n. pouco depois de 1600, C. entre os anos de 1618 e 1625 c. FERNÃO MUNHOZ (n. 1590) irmão de Diogo Munhoz (casado com [p. 158]