Há 400 anos, uma empresa holandesa emitiu um título para saldar uma dívida; hoje seu dono ainda cobra juros, terra.com.br
24 de abril de 2025, quinta-feira Atualizado em 27/04/2025 01:59:33
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No dia de Ano Novo de 1624, pedaços de gelo flutuando no Rio Lek, na Holanda, colocaram tanta pressão em um dos diques que controlavam a inundação do rio que uma enorme rachadura acabou se formando.
O resultado foi uma grande inundação na cidade vizinha de Tull en ‘t Waal, perto de Utrecht, bem como em grande parte da área ao redor, fazendo com que o nível dos canais adjacentes subisse. Este é um problema sério e constante para um país que está abaixo do nível do mar.
Para realizar as obras de reparo, foi necessário receber financiamento privado. 400 anos depois, alguém em Nova York ainda está cobrando os juros que a dívida gera.
Solução extrema diante da catástrofeDe acordo com documentos históricos, a ruptura do dique em 1624 representou um problema sério para a região de Utrecht, cujas enchentes chegaram aos portões de Amsterdã. Felizmente, a água pôde ser contida, mas a reconstrução e melhoria do dique seriam muito caras. A Holanda era uma potência financeira na época, então a autoridade local de água, chamada Hoogheemraadschap Lekdijk Bovendams, conseguiu usar sistemas de financiamento modernos para levantar um total de 23 mil florins por meio da venda de mais de 50 títulos perpétuos.
Entre esses títulos iniciais, havia um de 1,2 mil florins vendido em 10 de dezembro de 1624 a uma mulher rica de Amsterdã chamada Elsken Jorisdochter. Em troca do empréstimo, a entidade de gestão de águas se comprometeu a pagar aos seus descendentes, ou a qualquer pessoa em posse desse título, juros de 2,5% ao ano em perpetuidade.
400 anos de história depois, quase todos os 50 títulos foram destruídos como resultado de guerras, inundações ou incêndios. Mas o título Jorisdochter, estampado em um pedaço de pele de cabra, foi preservado.
Na verdade, o conselho de águas Hoogheemraadschap Lekdijk Bovendams nem existe mais, mas o Hoogheemraadschap De Stichtse Rijnlanden, que tem o título classificado como um de seus passivos, com a obrigação de pagar os juros acordados anualmente, assumiu o controle. A empresa tem outros títulos perpétuos posteriores, datados de 1638 e 1648.
400 anos como se fossem novos
Como regra geral, títulos mais ou menos atuais tendem a ter datas e condições de vencimento bem definidas. No entanto, nem sempre foi assim, e os títulos perpétuos se destacam como verdadeiras raridades financeiras, pois, enquanto existirem, o vínculo com a entidade emissora ou suas subsidiárias é mantido.
Em um desenvolvimento que destaca a singularidade deste título, seu atual proprietário recebeu o pagamento de juros correspondente em uma cerimônia acompanhada de perto pelo Financial Times. Apesar da mudança de continente, das transformações políticas, econômicas e tecnológicas dos últimos quatro séculos, a autoridade holandesa de águas ainda cumpre seu compromisso de pagar 2,5% de juros anuais sobre o valor nominal. Especificamente: 13,61 euros por ano (cerca R$ 85 reais)
O título foi doado à Bolsa de Valores de Nova York em 1938 durante a visita de um banqueiro holandês chamado Albert Andriesse, sócio sênior da Pierson & Co. O empresário o havia adquirido alguns anos antes em um leilão como uma curiosidade histórica. Com a doação, o banqueiro queria relembrar a origem holandesa de Nova York, chamada de Nova Amsterdã em seus primeiros anos de existência e fundada, precisamente, em 1624.
Dois anos depois, o banqueiro teve que fugir da Europa como refugiado da Segunda Guerra Mundial, fixando-se em Nova York em 1941, onde morreu em 1965, conforme documentado pelo Financial Times.
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.