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A prisão do Planet Hemp sob acusação de fazer apologia ao uso de drogas, em 1997. blogs.oglobo.globo.com.br
    10 de dezembro de 2021, sexta-feira
    Atualizado em 02/05/2025 17:37:50

  


Os músicos do Planet Hemp tinham acabado de fazer um show no Minas Brasília Tênis Clube quando, no caminho entre o palco e o camarim, foram presos acusados de apologia ao uso de drogas em suas letras. Naquele sábado, 8 de novembro de 1997, policiais federais da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes haviam filmado trechos da performance e estavam só esperando para dar voz de prisão.

A vida já não estava fácil para o Planet. A banda vinha sendo perseguida por autoridades da linha-dura, indignadas com as músicas do grupo que pediam legalização da maconha. Shows haviam sido cancelados e CDs, recolhidos das lojas. Um clima de tensão cercava os passos do sexteto, e cada apresentação se tornara uma espécie de ato político, apenas 12 anos após o fim da ditadura. Havia sempre a dúvida de quando a repressão atingiria os integrantes diretamente.

Enquanto juristas se dividiram sobre os fundamentos da detenção, os artistas se uniram para atacar o que chamavam de atentado à lberdade de expressão. Cássia Eller, Gilberto Gil, Marisa Monte e Tom Zé estavam entre os que assinaram um manifesto a favor da banda. "Os artistas do Planet Hemp estão presos por expressarem sua opinião através de suas músicas. Já vimos esse enredo antes. E, como antes, não vamos ficar calados diante desta agressão à liberdade. O coro da censura e da repressão desafina com as aspirações de democracia e de liberdade", dizia o documento.

O então deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) e então senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foram visitos músicos na cadeia. Já o parlamentar João Paulo (PT-SP) leu no plenário da Câmara a letra da canção "Rappers reais", que chama os críticos de "babacas". O ato gerou protestos do então deputado Nilson Gibson (PSB-PE), que chamou aquilo de "quebra de decoro" e tentou interromper o discos. O então presidente da Casa, Heráclito Fortes (PFL-PI) disse que não havia o que censurar, uma vez que João Paulo argumentava "baseado em suas convicções"."Meu Deus do céu, baseado em quê, presidente? Baseado no baseado? Isso é um absurdo", respondeu Gibson com ironia, arrancando gargalhadas na Câmara. O grupo foi solto pela Justiça após cinco dias de prisão. A Polícia Federal prometeu continuar a patrulha, enviando agentes para todas as próximas apresentações do Planet. Mas o episódio todo teve um efeito contrário ao que os agentes desejavam, projetando o trabalho do grupo. Suas músicas foram alçadas entre as mais tocadas nas rádios e, na mesma semana, o disco "Os cães ladram mas a caravana não para", segundo álbum da banda, atingiu a marca de 300 mil cópias vendidas."Essa prisão só reforça o que a gente já canta. Prova que estamos no caminho certo ao questionar a hipocrisia social e exercer o direito a opinião", disse Marcelo D2. "Somos pessoas honestas e vamos agir dentro da lei. Sabemos que as drogas fazem mal e não fazemos apologia ao uso. Esperamos ter contribuído para o debate, não apenas da legalização da maconha, mas também sobre a liberdade de expressão".





OII!

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

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Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!