Após 52 dias no mar, desembarca em Santos o Kasato Maru c/ imigrantes japoneses
18 de junho de 1908, quinta-feira Atualizado em 25/02/2025 04:39:08
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Vieram 165 famílias (781 pessoas) que foram trabalhar nos cafezais do oeste paulista. Entre eles o primeiro japonês a morar em Sorocaba.
Nabek Shiroma, proveniente da região de Okinawa, chegou em 1918 à cidade de Sorocaba.
O Kasato Maru
Ao término de 1899, a armadora britânica Pacific Steam Navigator Company (PSNC) planejou um bom número de vapores destinados a renovar a sua frota.
Dentre estes, foi encomendado um par de navios gêmeos ao Estaleiro Wigham Richardson, situado no Rio Tyne, próximo ao Porto de Newcastle.
O primeiro deste par foi lançado ao mar em junho de 1900, com o nome de Potosi, o segundo, um ano mais tarde e batizado Galicia.
De desenho tradicionalmente britânico, com casa de comando separada da superestrutura central, eram navios destinados a ter capacidade mista.
Possuíam casco de aço, seis porões de carga, três conveses, duas hélices, única chaminé e maquinário de expansão tríplice.
O Galicia, porém, não foi dotado de instalações para passageiros, ao contrário do Potosi, que podia transportar duas dezenas de pessoas em segunda classe e cerca de 780 emigrantes alojados em grandes espaços comuns de terceira classe.
O Potosi nunca chegou a navegar com esse nome. Quando se encontrava em fase de aprestamento, foi visitado por responsáveis da organização denominada Frota de Voluntários Russos (RVF), os quais procuraram na Inglaterra navios para comprar. O Potosi foi um dos escolhidos e a oferta da RVF foi aceita pela PSNC.
Os novos proprietários ordenaram então ao estaleiro construir uma série de modificações estruturais para adapta-lo como transporte de tropas.
Rebatizado Kazan, o vapor saiu, em setembro de 1900, de Newcastle para Odessa. Podia transportar cerca de 2 mil homens e logo após a sua chegada ao porto russo foi integrado como navio auxiliar da Frota do Extremo Oriente.
Em 1904, com a eclosão do conflito com o Japão, o Kazan foi transformado em navio-hospital e nessa condição foi afundado nas águas pouco profundas de Porto Arthur por ocasião do ataque conduzido pelos cinco contratorpedeiros nipônicos.
Após a captura desse porto pelos japoneses (em 1905), o vapor foi recuperado do fundo do mar e restaurado, passando ao serviço da Marinha Imperial do Japão, como transporte auxiliar, com o nome de Kasato Maru.
No ano seguinte, o navio foi afretado à armadora Tokyo Kisen, e por esta, utilizado na inauguração da nova linha entre o Japão e a Costa Oeste da América do Sul.
Em 1908, quando a Companhia Kokoku necessitava de um vapor para expedir seus primeiros emigrantes ao Brasil, é o Kasato Maru o navio escolhido.
Esta leva de imigrantes nipônicos chegando em terras brasileiras era a conseqüência da assinatura, em 1906, de um acordo entre o Japão e o Brasil, estabelecendo um tratado de amizade entre as duas nações.
Em novembro do ano seguinte, o então secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, Carlos Botelho, e Ryu Misuno, representando a Companhia Japonesa de Imigração Kokoku, firmaram contrato, autorizando a chegada de 15 mil imigrantes.
Em 28 de abril de 1908, o Kasato Maru zarpou de Kobe, tendo a bordo 781 emigrantes destinados à lavoura paulista.
Após 50 dias de viagem, o vapor atraca em Santos, em 18 de junho, marcando o início do fluxo de imigração japonesa no Brasil, fluxo esse que em 70 anos traria quase 800 mil indivíduos de um povo portador de milenar cultura formada por conhecimentos de ordem prática e sabedoria filosófica.
À viagem primeira do Kasato Maru, seguiram-se entre 1908 e 1914, outras nove, feitas por vapores diferentes, que desembarcaram em Santos um total de 133.200 imigrantes.
Além dessas viagens extraordinárias, feitas exclusivamente para o transporte de imigrantes, nenhum outro navio japonês aportava em portos brasileiros, não existindo ainda qualquer linha regular entre os dois países, tal fato só acontecendo em finais de 1916, por iniciativa da Osaka Shosen Kaisha (OSK).
A armadora Osaka Shosen Kaisha, em 1910, afretou o Kasato Maru pra sua linha comercial entre Kobe e Keelung.
Dois anos mais tarde, a OSK decide comprar o navio e reforma-lo. Após alguns meses de trabalho, o Kasato Maru volta a serviço, podendo acomodar um total de 520 passageiros em três classes diferentes.
Em dezembro de 1916, estando o Japão neutro no conflito que se desenrolava na Europa, a OSK decide inaugurar uma nova linha entre portos japoneses e portos da costa leste da América do Sul, via Oceano Índico, e o Kasato Maru é escolhido para inaugura-la, realizando viagem de Kobe a Buenos Aires, via inúmeros portos de escala intermediária.
No entretempo, o Galicia, navio-irmão do ex-Potosi, após permanecer durante 16 anos a serviço da armadora PSNC como navio de carga, empregado sobretudo na rota entre Liverpool e Valparaíso (Chile), foi vitima dos acontecimentos bélicos, sendo perdido em maio de 1917 ao largo da localidade de Teignmouth devido à explosão de uma mina naval.
A entrada em serviço na rota de ouro e prata de uma nova série de vapores, maiores e mais velozes, a partir do início da década de 20, fez com que a OSK retirasse da mesma os navios mais antigos.
Foi o caso do Kasato Maru, que, após uma substancial reforma, voltou a servir a linha entre o Japão e Taiwan.
Em 1930, foi vendido a uma empresa de pesca japonesa, sendo então convertido em navio-fábrica, função que manteve até seu destino final, sendo afundado em meados de 1945, no Mar de Okhotsk, águas japonesas, durante um violento ataque aéreo norte-americano.
tempo.Assim que a legação (futura embaixada) brasileira foi inaugurada no Japão, Wasaburo tornou-se seu funcionário. Como dominava o português, ele ajudou na tradução da papelada dos imigrantes nipônicos que, em 1908, saíram no navio Kasato-Maru em direção ao Porto de Santos.
[29089] O primeiro japonês brasileiro. super.abril.com.br 31/10/2007
Kasato Maru Data: 18/06/1908 Créditos/Fonte: Wikimedia / commons No porto de Santos. Foto colorida digitalmente(.245.
ID: 9382
ME|NCIONADOS ATUALIZAR!!! EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
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Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.