Ao assumir o poder, Morgado de Mateus procurou incrementar ediversificar a economia da Capitania. Um dos seus ramos de investimento foi asiderurgia, deixando transparecer o seu interesse no ferro, material ligado àsquestões militares, para a produção local de armamento e munições. O Morgadoao saber da existência, no passado, de uma mina e indústria de ferro no interiorda Capitania, enviou Domingos Pereira Ferreira no ano de 1765 para realizar talinvestigação. Ao encontrar as instalações de Afonso Sardinha, no vale dasFurnas, Pereira Ferreira juntou a sua vontade de operar a indústria de ferro aodesejo do Governador de Mateus de fazer progredir a Capitania. Tanto que nofinal do ano acima mencionado foi enviado à Corte uma amostra de ferrocaldeado sobre o qual Pombal ficou entusiasmado e ordenou ao Morgado quefomentasse o mais rápido possível aquelas “ minas mais úteis que as do ouro ”. [3]Em 1765, uma sociedade liderada por Domingos Ferreira Pereira construiu outra fábrica de ferro no Araçoiaba, cerca de 3 quilômetros distante do engenho dos Sardinha, seguindo o curso do Ribeirão do Ferro.A fundição rústica de Domingos durou seis anos. Os motivos do fechamento teriam sido as dificuldades para tirar as impurezas do minério e os altos impostos cobrados pela Coroa.Em 1785, D. Maria I, a Louca, proibiu a manufatura no Brasil, impedindo qualquer iniciativa fabril que concorresse com produtos portugueses, incluindo o ferro. [1]A 28 de fevreiro, uma carta régia concedia privilégi exclusivo por dez anos a Domingos Ferreira Pereira, morador na capitania do Rio de Janeiro, para na comarca de S. Paulo minerar ferro, chumbo e estanho, podendo estabelecer uma ou mais fábricas para caldear esses metais (...) ficando o privilégio isento dos direitos por cinco anos [2]Leia mais sobre esse assunto em https://www.smetal.org.br/imprensa/atividade-metalurgica-na-regiao-de-sorocaba-comecou-em-1589/20150702-160927-x508