Prado procurava apaziguar Dinis, aconselhando-lhe moderação e paciência para com o povo amotinado, apesar de saber de onde partiam as hostilidades e de afirmar que "não incrimino meu cobrador porque o presente tem dado provas de sua verdade até admira como não tem endoidecido". Achava também que tudo era "traçado pelo tal Rafael" <31>. A população sorocabana continua cada vez mais irritada com Dinis e a situação culmina em 25 de janeiro, quando se organiza contra o cobrador "cilada de rapazes armados de pedras para o mesmo ser apedrejado publicamente e talvez morto ... ", o que não se ultimou devido à interferência do capitão-mor de Sorocaba. Segundo ofício dirigido ao governador de São Paulo por Manuel Moreira Lírio e Custódio Moreira Lírio, a influência, temeridade e despotismo da Câmara de Sorocaba, negando-se a acatar as ordens da Junta da Real Fazenda, deram origem ao movimento popular. Em decorrência dos constantes atritos com a população sorocabana, era difícil conseguir uma pessoa que se quisesse encarregar da cobrança do "novo imposto" em Sorocaba. Dinis, temendo por sua vida, queria abandonar o cargo, mas afinal Prado conseguiu debelar a crise: tomou providências junto ao Governador de São Paulo, conseguindo uma petição para citar Rafael Tobias de Aguiar, líder da população amotinada, e fazê-lo assinar termo de segurança pela vida de Dinis. [p. 134]
[27766] O Barão de Iguape: Um empresário da época da independência, 1976 01/01/1976
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