13 de junho de 1973, quarta-feira Atualizado em 31/10/2025 04:17:54
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Em 13 junho de 1973, o "Notícias Populares" desafiava a credibilidade do jornalismo brasileiro com uma discreta manchete no topo da primeira página: "Vampiro de Osasco mata e bebe sangue de onze cachorros". O jornal veiculava a denúncia de um morador do Jardim Helena Maria, que disse ter encontrado seu cachorro morto, com as veias do pescoço expostas e sem uma gota de sangue.
O caso foi levado à polícia e logo outros moradores do bairro afirmaram ter encontrado seus animais em condições semelhantes. O veterinário convocado para realizar a "perícia criminal" afirmou à reportagem: "Na minha carreira, nunca vi algo semelhante".
O morador disse também que viu seu cão ser dominado por "um vulto muito grande", que fugiu tossindo após o crime. Verdade ou sensacionalismo, o fato é que a notícia teve grande impacto sobre os moradores de Osasco, na Grande São Paulo, que passaram a recolher as crianças e os animais de estimação assim que começava a escurecer. Crucifixos foram espalhados por toda a parte, como pede a crendice.
Um relato mais apurado da aparência do monstro foi divulgado em reportagem do dia 19 de junho, que trazia o depoimento de outro morador do Jardim Helena Maria, o qual, durante a madrugada, ouviu um barulho em seu quintal e saiu para verificar.
Deparou-se com "um bicho de grandes proporções, treinado para matar e beber o sangue dos cachorros". O vampiro –ou lobisomem?– "se afastou do local correndo como um enorme cão, de formas volumosas e orelhas grandes".
À medida que o boato crescia, aumentavam também as vendas de crucifixos e dentaduras de brinquedo, bem como a audiência de filmes sobre o Drácula e Satanás. Alguns levantaram a hipótese de que o vampiro era, na verdade, um açougueiro louco que roubava o sangue dos cachorros para fazer chouriço.
A prova da existência do vampiro veio nas páginas de 21 de junho, quando um cobrador de ônibus contou à reportagem sua tentativa de diálogo com o monstro, que tinha até sotaque americano. De acordo com o rapaz, ele voltava para casa de madrugada quando viu um vulto numa rua do Jardim Roberto tentando enlaçar um cachorro que passava.
O "homem branco, meio forte" tinha uma enorme seringa nas mãos. O cobrador tentou diálogo, mas o vampiro não entendeu e, resmungando, entrou em um jipe estacionado na escuridão e fugiu. Na manhã seguinte, um morador do Jardim Roberto foi à polícia queixar-se do assassinato de seu cão durante a noite.
A polícia tentou acalmar os moradores apresentando-lhes uma jaguatirica enjaulada, que seria a responsável pelo degolamento dos animais de Osasco. A população não se convenceu, e a jaguatirica foi inocentada depois que uma mocinha disse ter sido perseguida pelo vampiro quando saía para o trabalho, nas imediações do Jardim Veloso.
A garota –"cabelos longos, olhos pretos"– caminhava para o ponto de ônibus quando encontrou o vampiro num terreno baldio. O "bicho enorme" se levantou e saiu atrás dela, que só escapou porque correu mais rápido e buscou refúgio no bar do seu Natalino. "Ele parece um homem-macaco", relatou ela ao "NP".
A brincadeira, porém, não podia durar para sempre. Preocupado com o desespero dos moradores, o jornal decidiu convocar o vampiro mais famoso do Brasil para desbancar o rival de Osasco. Na edição de 24 de junho, Zé do Caixão garantia: "O vampiro de Osasco não existe. O único Drácula brasileiro sou eu. E não sou doido de beber sangue: bebo vinho do bom".
O personagem do cineasta José Mojica Marins liderou uma procissão na cidade rumo ao cemitério para enterrar de vez a lenda. A multidão entoava marchinhas adaptadas: "Você pensa que o vampiro existe, vampiro não existe não. / Vampiro é de mentirinha, quem diz é o Zé do Caixão!". Na porta do cemitério, o grupo levantou os braços e expulsou simbolicamente o monstro da cidade.
Para Zé do Caixão, tudo não passou de um mal-entendido: a jaguatirica matou uns cães e "alguma pessoa, apaixonada pelo sensacionalismo, aproveitou a "onda" e vestiu uma máscara carnavalesca". Para os populares, a polícia deveria parar de procurar vampiro e preocupar-se mesmo é com os assaltantes, "que existem em São Paulo toda".
Texto: Cláudia Crescente Fonte: Folha de São Paulo
Vampiro de Osasco Data: 17/06/1973 Fonte: Notícias Populares (¨)
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Vampiro de Osasco Data: 17/06/1973 Fonte: Notícias Populares (¨)
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O Vampiro de Oscaso Data: 01/01/1973 Fonte: Notícias Populares (¨)
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ME|NCIONADOS ATUALIZAR!!! EMERSON
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.