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Falecimento de Floriano Vieira Peixoto
    29 de junho de 1895, sábado
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Floriano Peixoto foi o segundo presidente brasileiro e governou o país de 1891 a 1894. Assumiu a presidência como parte de um acordo da oligarquia paulista que o garantiu no cargo como forma de consolidar a república no Brasil.

Ficou marcado na história como o “marechal de ferro”, por ter lidado com duas revoltas importantes: a Revolta da Armada e a Revolução Federalista.

O governo de Floriano Peixoto está inserido dentro da República da Espada, período de 1889 a 1894, em que o país foi governado pelos militares. Esses anos são conhecidos por terem sido a fase de consolidação da república no Brasil, uma vez que a proclamação era um acontecimento recente e o país ainda experimentava as mudanças de forma de governo.

No Governo Provisório, presidido por Deodoro da Fonseca, as instituições monárquicas foram extintas, topônimos foram alterados e o país promulgou uma nova constituição.

Depois, Deodoro foi eleito constitucionalmente presidente, e Floriano, vice. Nesse momento iniciou-se uma forte rivalidade entre os defensores de Deodoro e de Floriano.

Em novembro de 1891, após um curto governo constitucional, Deodoro da Fonseca renunciou e a indefinição dos rumos que o país tomaria instalou-se.

O maior partido do país na época, o Partido Republicano Paulista (PRP), fez um acordo com Floriano Peixoto para que ele assumisse, colocasse fim na crise política e consolidasse a república no Brasil.

Principais acontecimentos na política

Floriano Peixoto assumiu a presidência em 23 de novembro de 1891 e esteve na função até 1894, quando então o poder foi transmitido para o primeiro civil a assumir o país, o paulista Prudente de Morais.

O governo de Floriano foi um dos períodos mais atribulados da história republicana brasileira, e ele encarou um risco real de perder o controle da situação do país.

Quando assumiu, os deodoristas (apoiadores de Deodoro da Fonseca) posicionaram-se contra a posse de Floriano. No meio dessa disputa política, Floriano decidiu substituir os presidentes dos estados, retirando todos aqueles que eram apoiadores de Deodoro.

O presidente ainda foi duro com 13 generais que assinaram um documento no qual se posicionavam contra Floriano e exigiam a realização de novas eleições.

Em represália a esses militares, Floriano decretou a reforma deles (aposentadoria compulsória). Tempos depois, autorizou a prisão de cerca de 50 pessoas que convocaram manifestações contra ele.

Muitos desses foram enviados para a região amazônica como punição. Em todas essas ações, Floriano contou com o apoio da maioria dos parlamentares.

Esses parlamentares que apoiavam Floriano eram sobretudo paulistas que acreditavam que o Executivo deveria agir de maneira mais enérgica, naquele momento, para neutralizar as ameaças (os monarquistas) que impediam a consolidação da república.

Esse acordo entre Executivo e Legislativo fez, inclusive, com que os parlamentares aceitassem a suspensão dos trabalhos da Câmara dos Deputados e do Senado.

Essa suspensão esteve em vigor de janeiro a maio de 1892, e, depois que retornaram os trabalhos, esses parlamentares determinaram que a permanência de Floriano na presidência era constitucional, embora a Constituição de 1891 determinasse a necessidade de serem realizadas novas eleições.

O governo de Floriano era extremamente impopular entre os políticos liberais e outros grupos, como comerciantes e latifundiários, mas, entre as camadas pobres do país, Floriano Peixoto era um presidente extremamente popular.

Isso se deve ao fato de ele ter procurado amenizar os efeitos do Encilhamento (crise econômica que afetou o Brasil na década de 1890) no país e tomado medidas que beneficiaram as camadas mais pobres.

O historiador Elio Chaves Flores fala que o presidente passou a simbolizar para essas classes um símbolo da “luta contra os monopólios, a especulação e os altos lucros”|1|.

Além da disputa política e da rivalidade com os deodoristas, o presidente Floriano teve de lidar com duas revoltas que colocaram em risco a sustentação de sua posição como presidente do Brasil.

Revolta da Armada

A insatisfação da Marinha com o governo de Floriano Peixoto deu início, em 1893, a uma segunda revolta dessa corporação das Forças Armadas (a primeira tinha sido contra Deodoro da Fonseca).

Dessa vez, membros da Marinha, como Eduardo Wandenkolk e Custódio de Melo, lideraram uma rebelião contra o Governo Federal, apontaram os canhões das embarcações contra o Rio de Janeiro e bombardearam a cidade durante semanas.

Iniciado em setembro de 1893, esse motim estendeu-se até março de 1894. O presidente Floriano Peixoto contou com o apoio da marinha norte-americana para romper o cerco marítimo que os rebeldes impuseram sobre o litoral da capital.

A falta de apoio fez com que os revoltosos da Armada começassem a sofrer. Com isso, eles encerraram o cerco no Rio de Janeiro e juntaram-se a outro movimento que acontecia no Sul do Brasil.

Revolução Federalista

A Revolução Federalista foi resultado das brigas internas que eram travadas entre as oligarquias do estado do Rio Grande do Sul. Desde a Proclamação da República, existia uma disputa política intensa pelo controle desse estado.

De um lado, estava o Partido Republicano Rio-grandense, liderado por José de Castilhos, do outro, estava o Partido Federalista, liderado por Gaspar Silveira Martins.

A disputa pelo poder fez com que os federalistas formassem tropas (contavam também com soldados uruguaios) e invadissem o Rio Grande do Sul, no começo de 1893, com cerca de três mil homens. O objetivo era derrubar José de Castilhos e o Partido Republicano Rio-Grandense da presidência estadual.

Floriano Peixoto enviou tropas ao Rio Grande do Sul para que elas defendessem o governo de José de Castilhos naquele estado.

Ao longo de 1893, os federalistas conquistaram importantes vitórias e começaram a conquistar território no país. Eles conseguiram conquistar Santa Catarina e Paraná.

Em Lapa, os federalistas conquistaram uma dura vitória que teve graves consequências. Essa derrota mobilizou mais ainda as tropas do governo de Floriano e enfraqueceu os federalistas que, a partir de então, começaram a perder território.

Em Santana do Livramento, aconteceu a última batalha, e, depois dela, os federalistas restantes fugiram. Floriano Peixoto e José de Castilhos venceram.

Estima-se que esse conflito tenham causado a morte de 10 mil pessoas, marcando esse evento, até hoje, como a pior guerra civil da história do Brasil.

Sucessão presidencial

A ação enérgica de Floriano em combater as revoltas existentes no país fez com que ele ficasse conhecido como “marechal de ferro”.

Isso, no entanto, não o perpetuou no poder, pois, em 1894, um tanto a contragosto, Floriano foi “obrigado” a transmitir a presidência para Prudente de Morais (primeiro civil eleito presidente), candidato escolhido pela oligarquia paulista para assumir o país.

Notas

|1| FLORES, Elio Chaves. A consolidação da república: rebeliões de ordem e progresso. In.: FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil republicano: o tempo do liberalismo oligárquico – da Proclamação da República à Revolução de 1930. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018. p. 57.



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Palestras maçônicas: realizadas no Palácio do Grande Oriente Luzitano Unido
Data: 01/01/1913
01/01/1913


ID: 12498



EMERSON


29/06/1895
ANO:61



  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

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Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.