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Acidente com trem cargueiro
    22 de dezembro de 1964, terça-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Com a filha no colo, Maristela Ferreira Amaro, de apenas sete meses, e ao lado do marido, Cícero Ferreira, a jovem Luiza Herculiani Ferreira esperava em um banco da estação ferroviária, há exatos 53 anos, a passagem de um dos trens noturnos da Estrada de Ferro Sorocabana. Tal composição deveria levá-los até Bauru, para que próximo dali, em Duartina, pudessem festejar o Natal com familiares.

Sob a gare - cobertura da estação -, um trem de mercadorias, o BG-2, estava parado para descarga. Tudo era normalidade até 0h36, quando ocorreu o maior desastre ferroviário em perímetro urbano da história de Sorocaba: na madrugada de 23 de dezembro de 1964, o trem cargueiro C-48, procedente de Botucatu, colidiu contra a cauda do BG-2, lançando ao alto vagões, fardos e tábuas de madeira, derrubando parte da cobertura metálica e transformando parte da esplanada da estação em uma montanha de ferragens retorcidas.

A cena ainda é nítida para Luiza, hoje com 78 anos: alertada pelos gritos do chefe da estação naquela noite, Romeu de Mello -- conhecido como "Passarinho" --, ela e a família correram do local onde estavam. Sinalizando para que o trem em aproximação acionasse os freios, Passarinho morreu no acidente.

O fato gerou comoção na cidade e a Sorocabana, em reconhecimento à atitude do ferroviário, o promoveu postumamente à classe imediatamente superior. "Ele veio dar sinal para que saíssemos dali", recorda-se Luiza. Caso permanecesse onde estava, a família certamente teria perecido, como a segunda vítima fatal daquele acidente.

"Pouco antes um idoso parou para conversar conosco, falando mal da Sorocabana, que o trem balançava muito, comparando-a com outra ferrovia, a Paulista. Ele falou mal da Sorocabana pela última vez", relata.

Na agonia que tomou conta da estação após o acidente, entrou em cena uma moça desconhecida, cujo paradeiro Luiza e Maristela hoje desejam descobrir. "Nós sobrevivemos, mas nos ferimos. Fomos surpreendidos por madeiras e ferro que voavam sobre nós.

Eu acabei com as pernas prensadas contra as rodas dos vagões e tive fraturas nos tornozelos, enquanto meu marido teve esmagamento próximo dos rins. À minha filha, no meu colo, não ocorreu nada, mas estávamos imobilizados ali", relembra Luiza. Uma jovem, então, resgatou Maristela dos braços da mãe e, mesmo com o próprio pai machucado no local, levou a criança ao Pronto-Socorro de Sorocaba em um gesto de solidariedade.

Luiza e Cícero ficaram internados em outro hospital, o de Votorantim, por 15 dias. A garotinha ficou sob os cuidados de uma prima -- a quem a jovem salvadora entregou a criança no dia seguinte ao acidente. Essa mulher nunca mais foi vista: seu nome não foi registrado pela família, que pouco depois deixou Sorocaba, retornando definitivamente à região de Bauru.

"Ela é um anjo que apareceu ali para me salvar, mesmo sem me conhecer. Meus pais se machucaram muito, duas pessoas morreram, foi um acontecimento horrível. E eu sinto que tenho de encontrá-la. Eu não a conheço, não sei quem ela é, mas ela é muito importante para a minha vida. O "anjo da Sorocabana", posso dizer assim", descreve Maristela -- torcendo para que a publicação da história possa colaborar para um reencontro entre todos.

Daquele acontecimento, há uma pista, pois a pessoa que carregou Maristela ao hospital levou consigo uma lembrança dela: a manta na qual o bebê estava enrolado naquela noite. Maristela hoje tem 53 anos e recentemente retornou à estação de Sorocaba para rever o local do acidente. "Olhando tudo isso, eu vejo que nasci de novo. Não é exagero dizer que a data do meu nascimento é 23 de dezembro", afirma.

Boiada

Além da morte do chefe da estação, o desastre ferroviário do Natal de 1964 é lembrado pelos mais antigos, até hoje, também pela confusão que provocou na cidade. O trem parado na estação conduzia, dentro de gaiolas, vários bois, carneiros e cabritos -- que fugiram dos vagões quando eles se romperam pelo impacto.

"Na noite do desastre eu estava na porta do Gabinete de Leitura. Vimos aquela boiada correndo pelas ruas Maylasky e Direita, no meio da multidão que fazia compras de Natal", relembra o historiador Adolfo Frioli.

A cidade registrou diversos acidentes ferroviários nos anos 1960. Em 30 de maio de 1964, o trem de passageiros N-3 descarrilou em alta velocidade entre Inhaíba e Brigadeiro Tobias.

Seis carros saltaram dos trilhos e dez pessoas morreram. Em 13 de novembro de 1965, dois trens voltaram a se chocar na estação de Sorocaba, quando o trem P-1, parado na plataforma para embarque, foi abalroado por outra composição de passageiros, o P-2 -- que vinha de Itararé e foi desviado para a via errada pelo controle de sinalização. Mais duas pessoas vieram a falecer.

Em 9 de setembro de 1968, sem vítimas, o trem japonês SP-6 foi colhido pelo cargueiro C-56 em Inhaíba, que varou um sinal vermelho. De tempos em tempos (o último foi em 2013) os descarrilamentos ainda causam transtornos aos sorocabanos, mas não com a gravidade daquela madrugada de 23 de dezembro, marcada até hoje na memória de muita gente.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul



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EMERSON


22/12/1964
ANO:96



  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.