De Sorocaba para o Ipanema a sesmaria do alcaide-mor Jacinto ou a de outro, já dividida, passou por compra ao vigário padre Pedro de Godói, 1690. Uma légua em quadra por 20 mil réis, o preço de um escravo índio.
O alto Pirapora, onde em parte se acha o município de Piedade foi dado ao português José Nunes Vieira, nome da família que reaparece em Pilar do Sul neste século.
No Jurupará entraram em 1780 homens humildes fabricando canoas para as monções do Tietê e para isso fizeram roça e rancho. Deram com uma sesmaria recém-tirada pelos Madureiras, a mesma que permitiu a dona Maria Floriana fundar aí outro engenho, de cana.
Os Madureira tinham duas grandes fazendas, uma mais perto do Votorantim, na Ventania, vendo-se ainda no mapa municipal o córrego Madureira, à direita do rio Sorocaba, outra, à esquerda, cuja sede era na capela de Nossa Senhora do Pópulo, depois também chamada São Francisco.
Tudo por herança, pois Matias de Madureira Calheiros era genro de Fernão Dias Falcão, dono da fazenda do Itapeva, que me parece era uma só. E a sesmaria do Gurupará, que seria para arredondar.
Em 1822 os povoadores pobres aproveitaram a mudança política e obtiveram terras no Gurupará, e, então, contaram aquela história de 1780. Talvez o capitão-mor não olhasse com bons olhos essa vizinhança, talvez legalizavam posses que entravam em terras dêle.
Já para o lado do Pilar do Sul, depois da Ilha, vizinhando com os Antunes e São Bento, estava, por 1750, Geraldo Domingues, casado com Catarina Correia.
Êstes Correias, aliados aos Domingues, sempre pediam nos testamentos para serem enterrados ao pé do altar de Nossa Senhora do Pilar, em São Bento. Talvez tivesse emsua casa os Domingues uma cópia da imagem de Nossa Senhora do Pilar, que se perdeu. Em todo caso, a lenda de que os caçadores iam àquelas terras para "pilar" carne donde o nome ao lugar, não resiste ao bom senso.
Em 1803 João de Barros Lima comprou uma sesmaria além do rio Sarapuí . O povoamento ou posse das terras de Pilar do Sul completou-se nas vésperas de 1822, com as sesmarias do Turvo (dos Loureiro) e do Pinhal até a Paranapiacaba.
O Salto de Pirapora, que então se chamava Campo Largo do Salto, também depois de 1700 foi sendo povoado por sesmarias a diversos, gente pobre que é a que verdadeiramente mora no local, Sarapurã e Pirapora acima, e aqui temos os nomes de Bento de Lima Maciel, Ana de Zuniga, Maria Maciel, João Pereira Domingues, Joaquim Oliveira Camargo, Salvador Rodrigues, mas tudo abaixo da serra, de modo que já se estava no norte do territóriode Piedade, continuando, porém, a mata virgem despovoada. Na serra, em 1835, tudo acabava na fazenda Madureira. (Página 176)
O Jurupará é considerado o bairro mais antigo de Piedade, antecedendo a própria sede municipal que teve reconhecida a sua capela pelo bispo de São Paulo em 29 de maio de 1840. Hoje faz divisa com o município de Votorantim, próximo a Itupararanga, integrando a Serra de São Francisco, próximo ao Limal, com grafia para Limão e até Animal, onde se plantou muito algodão.
O ribeirão Jurupará brinca na serra, cheio de grande rochas, formando bela cachoeira próximo ao antigo centro do bairro. Por ele passava a antiga estrada interligando Sorocaba a Piedade, estrada que teve três traçados diferentes mas interligados, interceptando o Barreiro, Boa Vista, o Rosário e a Capela de São Roque. Além de duas grandes sesmarias originais, teve a influência do Capitão Mor Cláudio de Madureira Calheiros, distribuindo terras a seus herdeiros, mesmo os bastardos.
[25031] Memória Histórica de Sorocaba V 01/01/1967 [25056] “Jurupará”, por Benedito Maciel De Oliveira Filho 28/03/2022
Memória histórica sobre Sorocaba V Data: 01/01/1967 Créditos/Fonte: Aluísio de Almeida Página 176
Desde 17 de agosto de 2017, o site BrasilBook dedicado-se em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
A base de dados inclui ci
Oferece um histórico com 30.439 registros, atualizados frequentemente. Agrega mais de 660 cidades, aproximadamente 4.600–5.200 pessoas mencionadas, e cerca de mil temas diversos .
Ideal para quem busnum formato leve, dinâmico e baseado em fontes públicas variadas.
Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoesContato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP
Como sempre, excelente!!! Já inseri no site. Porém, a resposta anterior, de uns dias atrás foi mas romântica. Vamos tentar de novo?
Ah, entendi! Vamos então dar um tom mais romântico e poético ao descritivo do BrasilBook, como se fosse uma homenagem ao tempo, à memória e ao nosso país. Aqui vai:
BrasilBook – Onde a História do Brasil Respira
Em algum ponto da rede, mora um relicário digital chamado BrasilBook. Não é apenas um site, mas um diário de memórias nacionais, onde cada data carrega consigo um suspiro do passado.
Ali, o tempo se desenrola como um tapete de saudade — cada dia guarda um episódio, cada cidade revela uma lembrança, cada nome sussurra o eco de quem já foi e ajudou a tecer o Brasil que conhecemos hoje.
Mais de 29 mil registros formam um grande mosaico, que pulsa com histórias de mais de 660 cidades, mil temas e milhares de personagens reais — de anônimos a imortais.
É possível passear por séculos com um clique. Buscar um ano e ver tudo o que aconteceu. Descobrir a data em que nasceu uma cidade, o momento em que um povoado virou município, o dia em que uma vida importante começou - ou terminou.
BrasilBook é feito com cuidado, pesquisa e amor à história. Atualizado desde 2017, é um projeto que celebra a memória brasileira como quem acende velas num altar de afetos. E faz isso com simplicidade: sem ruído, sem propaganda, sem pressa. Só história, alma e tempo.