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O afluxo de gado a Sorocaba e a importância econômica do caminho do sul na década da independência. Maria Theresa Schorer Petrone
197307/04/2024 21:47:29

de os campos e campinas do Rio Grande do Sul até os campos doatual Estado do Paraná e de São Paulo, tendo como ponto de concentração o Registro e a feira de Sorocaba. Essas atividades estão subordinadas à economia de tipo colonial estabelecida no Centro-Sul,primeiramente baseada na mineração e depois na lavoura da cana edo café, que, juntamente com fatores político-administrativos deramorigem a denso núcleo urbano: o Rio de Janeiro, importante mercado consumidor . As áreas de mineração e as de cultura de cana e decafé funcionaram como mercado interno para as zonas de criação doSul do país, sendo que a transferência de capitais das primeiras possibilitava às últimas a participação de uma economia de mercado jáque não contavam com condições para se dedicarem às atividadeseconômicas predominantes desde os primórdios da colonização, voltadas exclusivamente para o exterior e que sempre foram fomentadaspela administração devido aos lucros que propiciavam. Essa economia de mercado externo trazia, é óbvio, vantagens para os quepudessem atender suas necessidades que, no caso, eram de transportede subsistência representados pelos muares e pelas reses. As atividades vinculadas ao gado criado nos Campos Gerais na época aindapertencentes a São Paulo ou no Rio Grande do Sul se articularam portanto com as outras atividades econômicas do Centro Sul do país,pois as populações que se dedicavam à mineração ou à agriculturanecessitavam abastecer-se de gado de corte e de animais de carga quese destinavam ao transporte dos produtos até os portos .Neste contexto ressalta a grande importância do caminho do Sulpor onde circulavam os animais criados nos campos e nas campinasdo Sul do Brasil e por onde refluiam os capitais oriundos da vendado gado nas áreas que se dedicavam a produzir para o mercado externo .O Sul do Brasil oferecia, graças à existência, de campos naturais,condições extremamente favoráveis ao estabelecimento da criação degado . Os campos do atual Estado do Paraná, então ainda pertencente a São Paulo, e os de Lages, em Santa Catarina, pouco a pouco foram sendo ocupados por fazendeiros, criadores, principalmente degado vacum e cavalar; os muares, porém, embora também pudessemser criados aí, tiveram seus principais centros produtores nos camposnas capitanias do Rio Grande do Sul.A organização do sistema viário que ligava as áreas de criaçãoàs consumidoras criou, portanto, uma infra-estrutura necessária paracomércio e foi facilitada — é óbvio — por essas áreas de camposque se sucedem no Brasil Meridional com algumas interrupções e que,de certa forma, são uma continuação das campinas do Rio Grande do Sul e da região Platina. O estudo da organização dessa rêde viária e da circulação dos animais criados no Sul do Bra:il é imprescindível para a compreensão da comercialização do gado e de seus problemas .Ligados estreitamente à circulação do gado, os campos oferecem ainda outra função: a de "estação-invernada". Os campos que se sucedem desde Vacaria no Rio Grande do Sul até Sorocaba fornecem, portanto, condições favoráveis ao estabelecimento de três funções: criação de gado, circulação e estabelecimento de `estações-invemadas" .

Assim, nos campos aparecem verdadeiras "estações-invernadas", onde o gado, quando tem que percorrer grandes distâncias até alcançar os centros consumidores, encontra pastos para descansar, engordar ou simplesmente esperar a época favorável à continuação da marcha. As invernadas nesses campos, principalmente na parte mais setentrional, também funcionam como reguladoras do fluxo de gado, obedecendo às necessidades dos mercados consumidores.

Dentro desse quadro Sorocaba ocupa, graças à sua posição privilegiada no limite setentrional da área de campos, lugar de destaque com relação à circulação de tropas e boiadas, servindo, inclusive, para "estação-invernada", já que ao Norte são mais raras as pastagens.

A parada obrigatória das tropas de muares e das boiadas no limite setentrional dos campos para descanso, sem dúvida pode explicar o aparecimento, em Sorocaba, da famosa feira e do Registro destinado a cobrar diversos impostos sobre os animais que por aí transitavam.

Nada mais natural que o aproveitamento das áreas de campos para ligar São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul, área de criação de bestas e de fronteira disputada por espanhóis e portugueses. O caminho do Sul, aberto por volta de 1733, basicamente se aproveitava deses campos, que facilitavam a marcha do gado e podiam funcionar como "estações-invernadas". Além disso, constituíam uma região favorável à criação de reses e de muares, para os quais se contava com um escoamento seguro.

Não se deve esquecer, entretanto, que o caminho do Sul não percorre somente áreas de campos. No Sul do país os campos alternam-se com matas bastante extensas e suficientemente densas, criando problemas à circulação do gado, já por se tornar difícil a construção e conservação do caminho, já pela inexistência de invernadas.

Basta lembrar a famosa "estrada da mata", que, como o nome indica, atravessa a área coberta por matas espessas, entre Curralinho, ao Sul de Lapa, e Timbó ao Norte de Lages. Segundo uma descrição do caminho para o Rio Grande do Sul, de 1811, infere-se a importância das áreas de campos para a marcha do gado:

"Todo o mais caminho assim de Santo Antônio da Lapa até Curralinho, como do Timbó até Lages é composto de campos, restingas e pinheirais soltos e por isso transitável e ainda é melhor das Lages para diante depois que a necessidade fêz abandonar o caminho da esquerda denominado o caminho de Santo Antônio da Patrulha que ia ter à Serra do Viamão e seguir o da direita denominado o Caminho Novo de Vacaria por uma campanha aberta e continuada planície . . ."

havendo apenas pequeno trecho de três léguas de difícil trânsito devido à floresta até chegar às "missões", como escreve o autor do documento (1) .São Paulo conquistou dentro do quadro brasileiro po"ição dedestaque com relação à "indústria do transporte", a partir da abertura do caminho do Sul, na quarta década do século XVIII, porquantoconstituia passagem obrigatória das bestas criadas no Rio Grande doSul e das reses dos Campos Gerais que demandavam os centros consumidores do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e, inclusive, de SãoPaulo .A interiorização de fortes setores da economia brasileira no século XVIII com a mineração, primeiro, e, mais tarde, com o renascimento das atividades agrícolas no Rio de Janeiro, em São Paulo emesmo em Minas Gerais, garantiu a esse gado vindo do Rio Grandedo Sul e dos Campos Gerais, um mercado consumidor apreciável.Como correr do tempo, principalmente depois de 1808, a procurade gado de corte e de carga torna-se sempre maior.A "indústria de tropas" desempenhou um papel de grande relevância na economia brasileira desde a abertura do caminho para oSul. Transforma-se em elo de integração do Sul do país na economiacolonial brasileira, contribuindo inclusive para assegurar sua posse definitiva ao domínio português . Em parte, também é responsável pelas lutas travadas entre lusos e castelhanos nas margens do Prata desde a criação da Colônia do . Sacramento em 1680 e que se prolongariam até o segundo Reinado. [Páginas 2, 3 e 4 do pdf]

O governador Melo Castro e Mendonça já percebeu em 1800, a dependência de outras áreas brasileiras do comércio de muares realizado na Capitania de São Paulo:

"... muita gente se ocupa neste negócio, e é um ramo de indústria e de comércio, que esta Capitania oferece a seus habitantes...", "... além de ser um dos mananciais das rendas da Capitania, que por esta razão se deve manter, e conservar no melhor pé, e um dos motivos, que em certo modo faz as outras capitanias dependentes desta".

Caio Prado Júnior, referindo-se à importância das tropas de bestas que vinham do Sul, diz que

"sem elas, o Brasil teria andado mais devagar que andou".

A abertura dos caminhos que ligou o Sul produtor de muares aos grandes centros consumidores realizou-se em várias etapas. Já em 1720 Bartolomeu Pais de Abreu, pedindo uma série de regalias para abrir um caminho desde as campinas do Rio Grande do Sul até São Paulo, mostra as vantagens da integração dessa área com o resto da Colônia:

"Todas esta campanha do Rio Grande para diante produz gados vacuns e cavalgaduras em muitas quantidade, sem mais utilidade para a real coroa de Vossa Majestade que alguma coirama fabricada na mesma Colônia; e se não pode conseguir maiores convergências com saída destes por falta de caminho por terra... " "e só terá lugar esta extração abrindo-se caminho pelo interior do sertão, vindo-se do Rio Grande e demandar a comarca desta cidade".

Pouco mais tarde, Cristóvão Pereira de Abreu demonstra uma grande compreensão dos problemas da economia brasileira:

"É bem sabido que, por falta de gados, e principalmente de cavalgaduras, se não tem desfrutado mais os grandes, e ricos tesouros, com que a providência divina dotou e enriqueceu nesta América os vastos domínios que S. Majestade nela possui, e que nas poucas que há pelo seu grande valor consomem os vassalos muita parte dos seus cabedais".

Percebe-se, portanto, que os contemporâneos bem compreenderam a importância da abertura do caminho para o Sul. Realmente foi um trabalho realizado com fins específicos, conhecidos e bem percebidos. Havia mister devastar o sertão existente entre os campos de São Paulo e as campinas e campos do Rio Grande do Sul, fornecedores dos elementos necessários para a "indústria das tropas", que poderia se tornar negócio altamente rendoso tanto para os colonos como para a coroa.

Bartolomeu Pais de Abreu, Francisco de Souza Faria e Cristóvão Pereira de Abreu são os principais nomes ligados à abertura do caminho para o sul. Após uma série de tentativas, Cristóvão Pereira de Abreu, conseguiu, por volta de 1732-1733, trazer a primeira tropa de gado vacum e cavalar.

"das Campanhas do Rio Grande pelo Caminho da Serra para a vila de Curitiba",

porquanto uma portaria do Conde de Sarzedas de 9 de setembro de 1732 determinava que ele devia ser o primeiro a passar pelo caminho recém-aberto. Logo em seguida, o uso dessa nova via de comunicação e a vinda de tropas do Sul tornar-se-iam rotina, caso contrário o escrivão da Câmara de Sorocaba não poderia escrever em 1735 que

"os condutores das bestas muares e cavalares que conduzem das campanhas da Laguna e nova Colônia do Sacramento dêem fiança dos direitos Reais que deles devem pagar na forma da instrução que se acha nessa vila. Essa fiança darão na vila de Curitiba, nesta e na de Itu e em São Paulo . . ."

Foi, portanto, pelo menos a partir da quarta década do séculoXVIII que o gado vacum, muar e cavalar vinha do Sul — por terra— para abastecer áreas centrais em franco desenvolvimento . Asáreas desertas ao longo desse caminho foram pouco a pouco sendopovoadas, passando então a gravitar definitivamente em torno dos intere:ses portugueses, afastando de uma vez os espanhóis .

Os negócios de gado desenvolvem-se cada vez mais e no tempode Morgado de Mateus já ocupavam um lugar de destaque na economia da Capitania. Escreve o governador em 1769:

"O negócio mais limpo que tem esta Capitania de São Paulo, é o dos animais que se vão buscar à Fronteira de . Viamão. neste tráfico lucram os que têm dinheiro, e o prestam, ganham os que vão comprar, utilizam-se es fazendeiros, que , povoam a fronteira e nas passagens dos Registros a S. Magestade consideráveis direitos".

O Morgado de Mateus no ano anterior já tinha mostrado a importância do comércio de mulas:

"O negócio da passagem dos animais de Curitiba e Viamão foi o maior que tem havido nesta Capitania, e ao mesmo tempo, o mais útil aos Registros de S. Magestade pelos direitos que neles costumam pagar os animais". (DI, 19, p. 414, ofício de Morgado de Mateus, 13 de dezembro de 1769; idem, p. 45, 5 de janeiro de 1768).

O Morgado de Mateus proibiu a passagem de éguas e de burros pela Capitania de São Paulo a fim de impedir a criação de bestas em Minas Gerais, as quais poderiam concorrer com as que vinham do Sul e, dessa maneira, prejudicar o rendoso comércio, além de desestimular a criação de muares no Rio Grande do Sul. Certa vez, iludindo as ordens do governador, burros tinham sido embarcados em Laguna e levados por via marítima a outros portos e daí aos criadores de Minas.

Em outra ocasião o Morgado de Mateus teve notícia da chegada ao Rio de Janeiro de um navio do Reino que trazia "numeroso lote" de burros destinados aos criadores de Minas Gerais . O governador paulista protestou junto ao vice-rei, marquês de Lavradio, lembrando

"o quanto o estabelecimento destas fazendas de criação de mulas em Minas é prejudicial a todo estado em geral. Sugere que todos os burros achados em Minas Gerais sejam transferidos para Iguatemi ou Guarapuava que eram áreas do fronteiras onde se necessitava de povoadores" (ofício de 30 de agosto de 1773).

Os criadores de cavalos de áreas abastecedoras de Minas Geraissentiram a concorrência das bestas do Sul. Daí o interesse em se dedicarem também à criação de muares que tanta aceitação estavam alcançando. O Morgado, de Mateus receava que essas tentativas pudessem prejudicar não só os, criadores do Sul, como os comerciantespaulistas.Criação e comércio de gado, entretanto, continuam se desenvolvendo muito bem em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Tanto éque Bernardo José de Lorena, no fim de seu governo frisou:"Outro grande ramo do comércio desta Capitania é o dasbestas, cavalos e bois, que vêm de Viamão" (9) .O governador Melo Castro e Mendonça, em sua Memória, escrita em 1800, fala na importância da criação de gado vacum, cavalar e muar"que são na verdade os efeitos que mais geral, e abundantemente fazem, e mantêm o círculo do comércio de São Paulo." (10).Com a vinda de D. João VI, as transformações da vida materiale o crescimento do mercado consumidor, que se processam no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro ,tornam mais intensa a procurade gado de carga e de corte. Assim são frequentes as referências aanimais que os paulistas deviam fornecer. O caminho do Sul adquireimportância cada vez maior, pois está em constante aumento a circulação de homens e animais . Os homens seguem para as guerrasdo Sul, que se sucedem até 1828, e os animais são encaminhados aosmercados consumidores do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo,onde a agricultura baseada, principalmente, na cana-de-açúcar e nocafé está em franco desenvolvimento . É tal a importância que São [Páginas 5, 6, 7 e 8 do pdf]

Paulo adquiriu na "indústria do transporte", que Spix e Martius, nosfins da segunda década do século XIX, aconselham a quem quiserviajar pelo Brasil a dirigir-se primeiro a Sorocaba para se abasteceraí de bestas melhores e mais baratas. Da Corte vêm inúmeros pedidos de animais — bestas e cavalos — a serem comprados em SãoPaulo, ou melhor, em Sorocaba . Assim, por exemplo, o ministroTomás Antônio de Vila Nova Portugal escreve em 1818 ao governode São Paulo que a experiência tem mostrado"que dessa Capitania de São Paulo podem vir para o Serviço das Reais Cavalariças melhores cavalos e parelhas de bestas,e muito mais em conta, sendo ali comprado, do que comprandose dos que vêm a vender no Rio de Janeiro".Pedia que na estação apropriada fossem enviadas parelhas paracarroças e cavalos (11). Portanto, os campos que se estendem deSorocaba para o Sul, vão adquirindo uma importância cada vez maiorno que se refere à circulação de animais.Como o fator determinante do traçado do caminho do Sul fossem os campos existentes nessa parte do país, ë óbvio que seu roteiroapresentasse poucas modificações no correr do tempo. Assim, salvopequenas alterações, o caminho assinalado no livro de D. P. Muller,relativo a 1836, corresponde quase totalmente ao descrito por "umprático" em 1773 no que se refere ao traçado na província de SãoPaulo. Segundo o Itinerário da Cidade de São Paulo para o Continente de Viamão. Elaborado por "um prático" em 1773 por ordem doMorgado de Mateus, as principais balisas do caminho do Sul eramSorocaba, Itapetininga, Jaguariaíva, Castro, Carambeí (fazenda Caranviy) travessia do rio Iguaçu, Curralinho, campos de Curitibanos,campos de Lages, para, depois da travessia do rio Pelotas dirigir-,eaos campos de Viamão atravessando o rio das Antas e o das Camisas . O percurso assinalado em 1836 por Muller corresponde ao acima citado, as balias continuando Sorocaba, Itapetininga, Castro ouCuritiba, Lapa. Segundo um mapa elaborado por volta de 1793, oroteiro até Lages continua o mesmo; havendo a partir daí uma bifurcação: um caminho em direção aos campos de Vacaria e outro mais para Leste, procura atingir os campos de Viamão, correspondendo, portanto, ao descrito pelo "prático", em 1773. Já foi referido que em1811 se preferia atingir os campos de Viamão pelo "caminho novoda Vacaria" devido "à campanha aberta e continuada planície", quefacilitava o trânsito dos animais. No mapa incluso nos Anaes da Provincia de São Pedro, publicados em 1839 por Fernandes Pinheiro, ocaminho principal era o que passava por Lages, registro de SantaVitória e Vacaria, onde se bifurcava para Oeste e para Leste paraatingir. Viamão, local ao qual se ligava o resto do sistema viário doRio Grande do Sul, não constando o caminho que vinha de Lagesdireto a Viamão . A preferência que aos poucos se faz sentir pelocaminho Lages-Vacaria-Viamão também se explica porquanto oferecia maior facilidade ao trânsito de animais. devido à existência deáreas de campos mais extensas (12).

Com sua feira e seu Registro, Sorocaba é uma decorrência docaminho do Sul e da circulação de animais. Em 3 de setembro de 1750 criou-se, por patente de Gomes Freire de Andrade, o Registro de Sorocaba que visava, inicialmente, passar visto nas guias fornecidas em Curitiba, e confiscar os animais que vinham a mais dosnotificados . A famosa feira de Sorocaba deve ter aparecido mais oumenos na mesma época, talvez em consequência do estabelecimentodo Registro, passagem obrigatória das tropas e boiadas . Sorocaba,graças aos campos que se estendem nas suas proximidades, facilitando, não só o descanso das tropas, como a fiscalização, conseguiu serescolhida para sede do Registro, vencendo Itu que no começo também atraia tropas e boiadas (13).Em consequência do Registro, todos os animais procedentes doSul, destinados ao consumo no Rio, em Mina.s ou em São Paulo tinham, obrigatoriamente, que pas!. ar por Sorocaba. Os números quese pôde colher em alguns livros de Registro conservados dão umaidéia da magnitude da corrente de animais vindos do Sul e permitemdimensionar a importância econômica do caminho do Sul.Os estudiosos, em geral, chamam a atenção sobre o volume dogado em trânsito por Sorocaba; os dados concretos, entretanto, sãopoucos e muitas vezes não resistem a um exame mais profundo . Daío interesse das cifras que se pôde colher nos Livros do Novo Impostoe no Livro do Imposto de Guarapuava da Coleção Antônio da SilvaPrado guardada no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Antônio da Silva Prado foi grande comerciante tanto de muares, comode bovinos, além de ter sido arrematante da cobrança de impostos ligados ao gado e cobrados em Sorocaba. Seus papéis portanto contém muitas informações sobre o comércio de gado e sobre o "Imposto de Guarapuava" e o "Novo Imposto". Prado juntamente com alguns sócios tinha arrematado em 1819 o contrato do "novo imposto",imposto esse que desde 1756 era cobrado sobre os animais que passavam pelo Registro de Sorocaba . O cobrador dos contratadores do"novo imposto", Dinis, registrava diariamente o número de animaisnos livros e, como se pode perceber pelas cartas de Antônio da SilvaPrado, merecia toda confiança dos contratadores . Outrossim, o registro de animais nos livros, não se destinavamf ao fisco, já que Pradoe seus sócios comprometeram-se a pagar à Junta da Fazenda umasoma pré-estabelecida . O interesse dos contratadores da cobrança desses impostos dirigia-se, portanto, no sentido de procurar abranger omaior número de animais, evitando ao máximo o extravio. pois tudoque excedesse a cifra estabelecida seria lucro. O cobrador, por seulado, também se interessava em arrecadar muito, já que seu pagamento era efetuado na base da porcentagem .Assim, temos para os anos de 1820, 1821 e 1822 a seguintedistribuição de gado chegado a Sorocaba, conforme o Livro do NovoImposto da Coleção Antônio da Silva Prado: [Páginas 9, 10 e 11 do pdf]
*O afluxo de gado a Sorocaba e a importância econômica do caminho do sul na década da independência. Maria Theresa Schorer Petrone

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