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Supplemento aos apontamentos para o diccionario geographico do Brazil. Alfredo Moreira Pinto
1935


Apereatuba - Corruptela de apereá-tyba, préas em abundância; São Paulo (Dr. T. Sampaio).

Apoteribú - Corrupção de apitera-ibú, fonte ou manancial do meio; pode ser ainda potyra-ibú,hoje se pronuncia Potribú, arroio ou fonte das flores; São Paulo (Dr. Theodoro Sampaio).[Supplemento aos apontamentos para o diccionario geographico do Brazil, 1935. Alfredo Moreira Pinto. Página 23]

Itapucu - Barra de ferro
Caucaia - Serra, entre os municípios de Cotia e de Una (Ibiúna); no estado de São Paulo, nas cabeceiras do Sorocá-Mirim, um dos afluentes do Rio Sorocaba.

Caucaia - Ribeirão do Estado de São Paulo, afluente do Rio Vargem Grande, tributário do Sorocá-mirim. (Página 96)[0]

Cachoeira Guaxingú no rio Sorocaba; no município de Tatuí. "Guaxingú", diz o Dr. J. M. de Almeida, corruptela de Gu-alí-ng-ii, atalho em resvaladouro. De "gu", recíproco, para exprimir de uma á outra margem; "alí", atalhar, rodear; "ng", intercalação nasal; "ii", resbalar. Alusivo a ser aí um dique com tão forte desnivelamento que, para muitos, é mais um salto do que uma cachoeira.

Lagoa Guaxingú em um campo, entre os municípios de Campo Largo e de Sorocaba. (página 149)

Hibapaára - Lugar á margem direita do rio Sarapuhy, no Estado de São Paulo, mencionado em um documento de 14 de julho de 1601 como tapera. "Hibapaára, diz o Dr. João Mendes de Almeida, corruptela de Ib-apá-á, ramo torcido e quebrado. De ib, árvore; apá, torcer, torcido; á, quebrar. Alusivo ao costume que os nativos tem de assinalar, por maio de ramos torcidos e quebrados, a rota que seguem nas matas, e mesmo nos campos, quando há árvores para isso; afim de que outros os possam seguir ou eles possam voltar ao mesmo lugar de onde saíram".

IBIRAPOERA. Aldeamento indígena no logar que é hoje villa de Santo Amaro; no Estado de S. Paulo. Foi fundado em 1560, pouco mais ou menos pelo padre José de Anchieta. "Ibirapoera, diz o Dr. J. M. de Almeida, corruptela de Ibirá-puêra, pau podre. De ibirá, arvore, pau. madeira; puêra, o mesmo que cucrá, partícula de pretérito. A traducção litteral é — o que foi arvore, o que foi pau, o que foi madeira. Allusivo a existir então nessa região muito pau podre, próprio para lenha". [Supplemento aos apontamentos para o diccionario geographico do Brazil, 1935. Alfredo Moreira Pinto. Página 153]

(morro plano). Morro em ramificação da Serra da Mantiqueira, no município de São Bento do Sapucahy-mirim, estado de São Paulo. Da planura desse moro avista-se todo o curso do rio Parahyba, desde a cidade de Jacarehy até a cidade da Bocaína.Rio Itapeva é afluente da margem esquerda do Rio Sorocaba, noi município desde nome. Faz barra logo abaixo do salto de Votorantim. Segundo o Dr. J. M. de Almeida, esta palavra significa "lugar de muitas pedras". (Página 171)

Itapucú - Composto de itá-pucú, pedra comprida, rocha extensa, penha longa; barra de ferro (Dr. Theodoro Sampaio). O Dr. J. M. de Almeida, que escreve que também Itapucú, diz, em relação a cachoeira do rio Paranapanema: "Ytá-pucú, pedra larga. De ytá, pedra; pucú, larga".

Itapuvú. Lugar á margem direita do rio Sorocaba, ao Norte do município. É o mesmo Itapebussú. "Itapuví, diz o Dr. J. M. de Almeida, corruptela de Ytá-pé-ibiy, morro plano, baixo. De ytá, pedra, penha; "pé", plano, chato, "ibiy", baixo. Alusivo a ser esse lugar um planalto pouco elevado, vide "Itavuvú". [“Supplemento aos apontamentos para o diccionario geographico do Brazil”, 1935. Alfredo Moreira Pinto. Página 173]

PARANAPI ACABA. Composto de paraná-apiacaba, vista do mar, donde se vê o mar, miramar; S. Paulo (Dr. T. Sampaio). O Dr. João Mendes de Almeida diz: “Paranapiacaba. Nome atribuído á serra marítima, Cubatão. E alguns o limitam á parte mais alta dessa serra”.

Os dois documentos que podiam nomear esta serra, eram os títulos de sesmaria de Pedro de Góes e de Ruy Pinto; aquele, de 10 de outubro de 1532, este, de 10 de fevereiro de 1533.

Qualquer destes títulos não menciona o nome Paranapiacaba; e o primeiro limita-se a referir-se á “serra que está sobre o mar” — som nomeá-la.

Só em 1674 o padre Lourenço Craveiro, reitor do colégio dos Jesuítas em S. Paulo, anotando o primeiro daqueles títulos, escreveu que aquela “serra que está sobre o mar” é a Paranapiacaba.

Mas, em nota do padre Lourenço Craveiro, não prova senão que já naquelle tempo, em 1674, o nome Paranapiacaba era attribuido á serra Cubatão.

Li as duas Informações do padre José de Anchieta, 1584 e 1586, e nelas não vi o nome Paranapiacaba. Na primeira ele escreveu: “Para o sertão, caminho do Noroeste, além de umas altíssimas serras que estão sobre o mar, tem a vila de Piratininga ou de S. Paulo, 14 ou 15 léguas da vila de S. Vicente...”

Na segunda, foi escrito: “A quarta vila da capitania de S. Vicente é Piratininga, que está 10 ou 12 léguas pelo sertão e terra a dentro. Vão lá por umas serras tão altas, que dificultosamente podem subir nenhuns animais, e os homens sobem com trabalho e ás vezes de gatinhas por não despenharem-se . . . ” (Vide o nome Cubatão).

A verdade é outra. O nome Paranapiacaha era disignativo do caminho entre Piratinin e o porto próximo á foz do rio Mogy. (Vide o nome Mogy e Piaçagoera). Paranapiacaha, corruptela de Pê-rá-nai-piá-quah-a, passagem do caminho do porto de mar. De pê, superfície; rá, encrespada, formando a palavra pê-rá, mar; nai, porto; piá, caminho; guab, passar, que com o accrescimo de a (breve), forma o infinitivo, o qual, não tendo caso, significa a acção do verbo em geral, passagem, segundo a licção do padre Luiz Figueira, em sua Arte de grammatica da lingua brasílica.

No titulo de sesmaria de Ruy Pinto, ha referencia ao porto próximo á fóz do rio Mogy, que foi denominado pelos portuguezes Porto das almadías e também Porto de Santa Cruz; e o nome tupi do porto era y-pia- çába, corrompido em Apiaçaba, logar do apartamento do caminho. De ?/, relativo; pia, apartar caminho; caba, verbal de participio, o mesmo que áha, para exprimir logar, modo, instrumento, causa, fira, intuito, fazendo çaha, segundo a regra ensinada pelo já citado padre Luiz Figueira. O porto permaneceu — porto das almadias — , conforme a denomi- nação dada no titulo de sesmaria de Ruy Pinto, ou — porto das canoas — conforme a denominação geral, até que, já neste século, foi feito o aterrado com as pontes necessárias. Também, nesse titulo de sesmaria, a serra de que se trata não teve menção por seu nome. Eis o que está escripto:

“E dahi (o porto referido) subirá direito para a serra por um lombo que faz, por uma agua branca, que cahe do alto, que chamam Ytutínga, e, para melhor se saber este lombo, entre a dita água branca por as ditas terras não se mette mais de um só valle, e assim irá pelo dito lombo acima, como dito é, até o cume do serro alto, que vae sobre o mar, e pelo dito cume irá pelos outeiros escalvados, que estão no caminho que vem de Piratinim”.

Portanto, o nome Paranapiacaba ficou com a serra, por ter sido abandonado o caminho. Este caminho foi exactamente o escolhido para o traçado da estrada de ferro de Cubatão á cidade de S. Paulo >. Frei Gaspar da Madre de Deus diz que este nome significa — sitio donde se vê o mar. (Página 233)

PARNAHYBA. Não se trata de Paranahyba; nem com este nome ha affluente algum do rio Tietê no mun. do Parnahyba, como o pretendeu Azevedo Marques, em seus Apontamentos Históricos, Geographicos, Biographicos, Estatísticos e Noticiosos da Promncia de S. Paulo, á força de querer explicar o nome Parnahyba.

Ao principio suppuz que fosse corruptela de Piâ-nát-bo, logar do porto do caminho: de piâ, caminho; fiái, porto; bo (breve), para exprimir logar.

Com effeito, defronte da banda do rio Juquery, como reza um documento antigo, em que Melchior da Costa pediu uma sesmaria de terras para suas duas filhas, quando já casado com Suzana Dias, devia existir um porto: e alli era estabele- cida com fazenda a dita Suzana Dias, ao passo que o pedido de Melchior da Costa, em 1610, foi para o logar da actual villa.

Sem duvida era ahi o logar da passagem do rio Tietê, de uma para outra margem. Mas, o nome Parnahyba tem outra verdadeira explicação.

É corruptela de Páu-n-eii-bo, logar de muitas ilhas. De "páu", ilha; “n”, por ser nasal a palavra anterior; "eii", muitos; "bo" (breve), para exprimir logar. Alusivo a uma cachoeira, extensa e estrondosa, acima da vila, no rio Tietê, semeada de ilhotas cobertas de matas. É mesmo vizinha da vila essa cachoeira. Entre as ilhotas ha vários canais, e alguns de difícil pratica.

Como que para moderar a impetuosidade das águas, a natureza colocou, mais abaixo da cachoeira, uma pedra chata, ou ilha granítica, de certa extensão e largura, conhecida por “Itapeya” ou “Ytá-pé-bae”.

De encontro a essa pedra ou ilha granítica, as águas, que descem em catadupas, quebram-se espumantes. Tal ê a origem do nome corrupto Parnahyba. A cachoeira é a hoje conhecida por “Cachoeira do Inferno”. (Dr. João Mendes de Almeida). Vide Paranahyba. (Página 235)
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Data: 01/01/1935
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Página 153
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Página 160
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Página 169
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Página 171
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Página 173
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Página 176
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